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Em clima de descontração, líderes do G20 fazem foto oficial na Austrália

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Dilma Rousseff arrancou sorrisos dos colegas ao acenar durante fotografia. Obama anunciou que doará US$ 3 bilhões contra mudanças climáticas.

Em contraste com a usual formalidade das reuniões entre chefes de Estado, a foto oficial do encontro de cúpula do G20, na Austrália, foi marcada neste sábado (15) por um momento de descontração. Cercada pelos líderes dos 19 países mais poderosos do mundo mais a União Europeia, a presidente Dilma Rousseff arrancou sorrisos dos colegas estrangeiros ao acenar no instante em que estavam todos perfilados para a fotografia oficial. A presidente posou ao lado do norte-americano Barack Obama.

A reunião de cúpula do G20 teve início neste sábado (15) na Austrália. Ao longo deste final de semana, os líderes dos 20 países mais ricos do planeta devem tratar de assuntos em pauta na agenda mundial, como o baixo ritmo de crescimento econômico, a dificuldade para gerar empregos, a epidemia do ebola e a crise política e militar na Ucrânia. Apesar das pressões populares, o governo australiano excluiu as mudanças climáticas da pauta de discussões da cúpula.

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US$ 3 bilhões contra mudanças climáticas
Mesmo de fora da agenda principal, as mudanças no clima do planeta acabaram recebendo um forte incentivo na Austrália. Antes de os trabalhos serem iniciados, o presidente norte-americano anunciou que seu país irá doar US$ 3 bilhões para auxiliar no combate às mudanças climáticas. A doação bilionária será repassada a um fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) destinado a ajudar os países mais pobres e vulneráveis a se prepararem para enfrentar o aquecimento global.

Anfitrião do encontro, o primeiro-ministro da Austrália, Tony Abbott, deu as boas-vindas aos chefes de Estado no Centro de Convenções de Brisbane, no litoral oeste do país. Antes da abertura oficial, eles assistiram a uma cerimônia tradicional aborígine. Abbott cumprimentou pessoalmente a presidente brasileira na largada do evento.

No primeiro dia do encontro, líderes do G20 se comprometeram a acabar de vez com a epidemia do vírus ebola, que tem se multiplicado em países da África Ocidental, assustando o resto do mundo. A meta foi divulgada em um comunicado.

Além de Abbott, Dilma e Obama, participam da cúpula do G20, entre outros líderes, a chanceler alemã Angela Merkel; o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, e o presidente da China, Xi Jinping. Alvo de críticas por sua participação no conflito da Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, também está em Brisbane.

Primeiro dia de atividades
Neste sábado, os chefes de Estado se reuniram em um almoço oferecido pelo primeiro-ministro da Austrália. Logo em seguida, compareceram à primeira sessão plenária da cúpula.

Depois da foto oficial, os líderes do G20 foram a um jantar oferecido pelo primeiro-ministro australiano na Galeria de Arte Moderna de Queensland. O primeiro dia de agenda se encerrou com uma apresentação cultural.

Os países-membros do G20 representam 85% do PIB mundial, 80% do comércio global e concentram dois terços da população do planeta.

O bloco é formado pela União Europeia, pelo G7 (EUA, Canadá, Japão, Alemanha, Reino Unido, Itália e França), e por Brasil, Coreia do Sul, Argentina, Austrália, China, Índia, Indonésia, México, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia e Rússia.

Além disso, a Austrália convidou a vizinha Nova Zelândia para o encontro e a Espanha assiste às reuniões, como convidado, desde 2010.

Dilma Rousseff agendou encontros bilaterais, neste domingo (16), com a chanceler da Alemanha e com o presidente da China. Ela deverá embarcar de volta para o Brasil às 15h de domingo, 3h no horário de Brasília.

Crise financeira
O encontro de cúpula na Austrália está centrado em temas econômicos, como crescimento e a geração de empregos. Na abertura do encontro, o primeiro-ministro australiano disse que o G20 pode acelerar o crescimento econômico em mais de 2% nos próximos cinco anos, além de criar mais empregos, como exige a sociedade.

Ele afirmou ainda que o mundo deve transformar os níveis fracos de crescimento em uma mensagem de esperança e otimismo, apesar, segundo ele, dos terríveis problemas no Oriente Médio, no Leste da Europa e na África Ocidental.

Segundo a agência local de notícias ‘AAP’, a última minuta do comunicado final do G20 eleva o crescimento mundial para 2,1%, com base nas avaliações do FMI e da OCDE das mais de mil iniciativas apresentadas pelos países-membros.

Algumas medidas ainda estão pendentes na luta contra a evasão tributária das grandes empresas multinacionais e na regulação do mercado financeiro.

Antes da cúpula, os responsáveis pelas áreas de economia dos países do G20 iniciaram as discussões no Centro de Convenções, sob fortes medidas de segurança.

Reunião dos Brics
Antes da abertura do encontro do G20 na noite desta sexta-feira (14), manhã de sábado na Austrália, os chefes de Estados de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – os chamados países do Brics – se reuniram para debater temas em comum entre as cinco nações. A última vez que o grupo havia se reunido tinha sido em julho, em Fortaleza, quando o bloco anunciou a criação do banco dos Brics.

Na conversa com os colegas dos Brics, a presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta sexta-feira (14), manhã de sábado (15) na Austrália, que as expectativas de recuperação da economia mundial em 2014 são “frustradas”.

“Infelizmente o quadro econômico mundial não avançou muito desde julho último. Chegamos ao final de 2014 vendo frustradas nossas expectativas iniciais de recuperação da economia mundial”, ponderou Dilma.

Em meio à primeira reunião de trabalho do G20, os integrantes dos Brics divulgaram uma nota oficial na qual classificaram como “desapontamento e grave preocupação” a não-implementação das reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI). Na visão do bloco, a demora em reformar a instituição internacional afeta a credibilidade e legitimidade do FMI.

“A demora injustificada em ratificar o acordo de 2010 está em contradição com os compromissos conjuntos assumidos pelos Líderes do G20 desde 2009. Na eventualidade de os Estados Unidos não lograrem ratificar as reformas de 2010 até o final do ano, os líderes exortaram o G20 a agendar uma discussão sobre as opções quanto aos próximos passos, conforme FMI se comprometera a apresentar em janeiro de 2015”, escreveram os chefes de Estado de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul no comunicado divulgado à imprensa.

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Fonte: G1

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