O Ministério Público Federal (MPF) pediu a temporária do empresário alegando que ela era importante para evitar que ele combinasse com outros alvos da operação depoimentos e versões sobre os crimes que teriam cometido.
A desembargadora do TRF da 2ª Região, Simone Schreiber, no entanto, não concordou com a decisão do juiz Marcelo Bretas, que aceitou os argumentos do MPF. De acordo com ela, é impróprio e ilegal prender alguém para “forçar” depoimento interrogatório.
A temporária de Eike iria vencer justamente nesta segunda-feira (12). Ele sequer foi transferido para o complexo de Bangu, onde estão quase todos os envolvidos com a Lava Jato no Rio de Janeiro. Ficou por cerca de 55 horas detido em uma presídio em Benfica, na capital.
Ele é acusado de uso de informação privilegiada, lavagem de dinheiro e principalmente manipulação de mercado financeiro. Esses crimes teriam acontecido em quatro países: Brasil, Canadá, Estados Unidos e Irlanda.
Eike já tinha sido preso em 2017, acusado de participar do esquema de propina e corrupção do ex-governador Sérgio Cabral. Na época, foi acusado pela operação de abastecer esse esquema com US$ 16,5 milhões e troca de benefícios para suas empresas.
Fonte: Jovem Pan