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Dólar sobe e fecha acima de R$ 5,50 pela primeira vez

Moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 5,5285, em alta de 2,21%.

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O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (23), batendo mais um recorde nominal de cotação (sem considerar a inflação), com expectativas de mais um corte na taxa Selic pressionando a moeda brasileira e com a tensão política diante de notícias sobre tensões entre o ministro Sergio Moro e o presidente Jair Bolsonaro.

A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 5,5285, em alta de 2,21%. Na máxima do dia durante os negócios, chegou R$ 5,5300. No mês, a moeda acumula alta de 6,40%. No ano, a valorização é de 37,87%.

Pouco depois da abertura, o Banco Central anunciou um leilão extraordinário de swap tradicional, o que ajudou a amenizar o ritmo de avanço do dólar. Foram vendidos todos os 10 mil contratos de swap cambial ofertados.

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Expectativa de corte nos juros

O viés de alta ocorreu em meio a expectativas de corte de juros, que levantam preocupações sobre a entrada de fluxo nos mercados brasileiros.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse na segunda-feira que o cenário analisado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua última reunião — quando avaliou que tanto uma redução maior no juro quanto afrouxamentos monetários adicionais poderiam se tornar “contraproducentes” — mudou. Na ocasião, o BC cortou a Selic em 0,50 ponto percentual, a 3,75%.

Um juro mais baixo coloca o Brasil — historicamente conhecido por suas altas taxas — em desvantagem competitiva em relação a outros emergentes na tentativa de atrair fluxo de capital para a renda fixa. Esse desestímulo fica mais evidente uma vez que o Brasil há tempos deixou de ser grau de investimento pelas principais agências de classificação de risco.

Em 2020, o fluxo cambial ao Brasil está negativo em US$ 12,878 bilhões. No mesmo período de 2019, havia superávit de US$ 1,295 bilhão, destaca a Reuters.

Segue no radar dos investidores também o anúncio de novas respostas à crise econômica. O governo federal anunciou na véspera o programa Pró-Brasil, que, segundo o ministro de infraestrutura, Tarcício Freitas, prevê R$ 30 bilhões de investimentos públicos e R$ 250 bilhões em contratos de concessões à inciativa privada. O programa, porém, ainda carece de detalhamento.

Os mercados financeiros no Brasil pioraram acentuadamente o sinal no começo da tarde desta quinta-feira, após notícia de que o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, teria pedido demissão após decisão do presidente Jair Bolsonaro de trocar a diretoria-geral da Polícia Federal.

O mercado reagiu negativamente por entender que o movimento indica mais tensões políticas dentro do governo e pode acabar piorando a avaliação do próprio presidente. Moro está entre os ministros mais bem avaliados pela população.

Fonte: G1
Foto: Reuters/Dado Ruvic
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