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Dólar opera em alta pela 9ª sessão seguida e volta a bater R$ 4,50

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Moeda norte-americana terminou a última semana cotada a R$ 4,4809. Em fevereiro, alta foi de 4,57%, maior alta para o mês desde 2015. No ano, o avanço é de 11,75%.

O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (2), após renovar recorde de fechamento na sexta-feira e acumular uma sequência de 8 altas seguidas, com os investidores ainda temerosos em relação ao impacto econômico do coronavírus e de olho em possíveis medidas de estímulos de bancos centrais pelo mundo.

Às 10h35, a moeda norte-americana subia 0,34%, vendida a R$ 4,4963. Na máxima até o momento chegou a R$ 4,5003. Veja mais cotações.

O dólar turismo era negociado ao redor de R$ 4,70, sem considerar a cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

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A Bovespa opera em leve queda nesta segunda-feira, após perder mais de 8% na última semana.

Na sexta-feira, o dólar fechou em alta de 0,10%, R$ 4,4809, novo patamar recorde de fechamento nominal (sem considerar a inflação). Na máxima da sessão chegou a R$ 4,5141 – maior cotação nominal já registrada no país. Na semana, a moeda acumulou alta de 2,01%. No mês, subiu 4,57%. No ano, o avanço chegou a 11,75%.

O Banco Central ofertará nesta segunda até 13 mil contratos de swap cambial tradicional com vencimento em agosto, outubro e dezembro de 2020, para rolagem de contratos já existentes, destaca a Reuters.

Tensão global

O avanço da epidemia do novo coronavírus pelo mundo tem provocado abalos nos mercados globais e elevado as preocupações de investidores e governos sobre o impacto da propagação do vírus nas cadeias globais de suprimentos, nos lucros das empresas e na desaceleração do crescimento da economia global.

Nesta segunda-feira, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu a previsão de crescimento da economia mundial para 2020, passando a projetar um crescimento de 2,4%, menor expansão desde 2009 e ante expectativa anterior de 2,9%, citando o coronavírus e as contrações na produção chinesa.

Por conta de fluxos elevados de capitais para mercados de menor risco, o dólar segue se valorizando frente a outras moedas, em especial moedas de países emergentes como o real.

Dados preliminares do Instituto de Finanças Internacionais (IIF) mostraram que as saídas de fundos de ações em mercados emergentes somaram US$ 9,7 bilhões em fevereiro, com retiradas mais pronunciadas na Ásia e na América Latina.

Enquanto isso, fundos de dívida dos mercados emergentes atraíram 13,2 bilhões de dólares em fevereiro, elevando as entradas no ano para 44,8 bilhões, contra 50,7 bilhões no mesmo período do ano passado. Os fundos de dívida asiáticos arrecadaram 5,1 bilhões de dólares em fevereiro, enquanto os fundos de dívida latino-americanos ganharam 4,3 bilhões, acrescentou o IIF.

Impactos no PIB do Brasil

Além das preocupações sobre o impacto do coronavírus, o dólar mais valorizado nas últimas semanas tem refletido os juros em mínimas históricas no Brasil e as projeções sobre o ritmo de crescimento da economia brasileira e andamento das reformas.

O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, afirmou nesta sexta-feira à GloboNews que o coronavírus deverá levar à revisão na estimativa de Produto Interno Brasileiro (PIB).

A secretaria comandada por Sachsida é responsável por fixar as projeções oficiais do governo para a economia e chegou a anunciar em janeiro deste ano um aumento na previsão de crescimento, alterando a expectativa de 2,32% para 2,40%. Segundo o secretário, a nova revisão do número deve ser anunciada até o fim desta semana.

O mercado brasileiro reduziu para 2,17% a previsão a alta do PIB em 2020, segundo pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, mas diversos bancos e consultorias já estimam um crescimento abaixo de 2%.

Já a projeção do mercado para a taxa de câmbio no fim de 2020 subiu de R$ 4,15 para R$ 4,20 por dólar. Para o fechamento de 2021, permaneceu em R$ 4,15 por dólar.

A redução sucessiva da Selic desde julho de 2019 também contribui para uma maior desvalorização do real ante o dólar. Isso porque diminuiu ainda mais o diferencial de juros entre Brasil e outros pares emergentes, o que pode tornar o investimento no país menos atrativo para estrangeiros e gerar um fluxo de saída de dólar. E cresce no mercado as apostas sobre a chance de um possível novo corte na Selic, atualmente em 4,25% ao ano.

Fonte: G1

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