Caixão com o corpo do cantor saiu em cortejo em viatura dos bombeiros pelo Centro do Recife. Multidão acompanhou enterro, nesta segunda (20), no Cemitério de Santo Amaro.
vocalista da banda Torpedo, Deivison Kellrs, falecido no domingo (19), foi sepultado na tarde desta segunda-feira (20) no Cemitério de Santo Amaro, na região central do Recife. Internado desde 4 de agosto, o cantor lutava desde 2017 contra um câncer de fígado, mas não resistiu à doença e morreu aos 30 anos em um hospital da capital pernambucana, acompanhado da família.
O corpo de Deivison foi velado na Câmara dos Vereadores do Recife, sob forte comoção da família, amigos e fãs do seu trabalho no brega pernambucano. Por volta das 13h, a família fechou a cerimônia e pediu privacidade.
Com a entrada limitada, os fãs do cantor se reuniam do lado de fora, relembrando os sucessos da banda. A fila para prestar homenagens saía da Câmara Municipal do Recife e seguia pela Rua Princesa Isabel, no Centro da cidade.
Antes das 14h, o caixão com o corpo do vocalista da Torpedo saiu em cortejo pelas ruas do Centro da cidade, em uma viatura dos bombeiros. O trânsito ficou interditado pelo cortejo. O caixão foi recepcionado com salva de palmas e gritos em homenagem a Deivison no Cemitério de Santo Amaro, onde o sepultamento foi finalizado por volta das 15h30.
Ao longo do cortejo, uma multidão de fãs do cantor, conhecido por canções como “Como a culpa é minha”, do fim de 2011, a “Fase ruim”, de 2017. Com camisas da banda Torpedo com o rosto estampado de Deivison, eles cantaram as faixas mais famosas de sua trajetória. Coroas de flores foram levadas para marcar o adeus ao artista.
A aposentada Irani Santos é uma das fãs de Deivison que fizeram questão de comparecer à despedida. “É muita paixão por ele. Esse povo todo aqui, todos amamos ele. Era uma pessoa muito carinhosa com os fãs”, contou.
Pai de Deivison, Marcos Antonio da Silva falou sobre a forte mobilização dos fãs que, pelo carinho ao cantor, lotaram a Câmara Municipal do Recife e o Cemitério de Santo Amaro.
“O que vai ficar de lembrança é o que o público está vendo. São essas lembranças que ele deixou para os pais, fãs e familiares. Deivison lutou muito. Conversávamos bastante e dizíamos um para o outro que ele ia sair dessa. É como ele disse, ‘é uma fase ruim’. E agora acabou-se a fase ruim”, disse o pai de Deivison.
Carreira
Ex-garçom, com a saúde debilitada pelo câncer, causava uma mobilização de fãs e de outros astros do brega pernambucano para ajudá-lo no tratamento, após ele falar sobre a doença, no meio de 2017, e aparecer publicamente fragilizado. (Veja vídeo abaixo)
Os sucessos da Torpedo foram diálogos tristes sobre amor entre Deivison e a cantora do grupo (primeiro, Tayara Andreza, e depois Francyne Roper, que a substiuiu em 2016).
Com essas histórias e o som que renovou a força do brega pernambucano, eles cativaram fãs, influenciaram outros artistas atuais e conquistaram fãs por seu estado e pelo Brasil — ainda mais com a expansão do batidão romântico do Nordeste pelo resto do país.
Fonte: G1