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Crianças sem comida no frio congelante: o drama na cidade sitiada de Mariupol

A equipe do CICV em Mariupol diz que as pessoas estão brigando entre si por comida e roubando combustível dos carros de outros

Atualizado há

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Muitas pessoas na cidade ucraniana sitiada de Mariupol ficaram sem comida para seus filhos, de acordo com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Eles também dizem que não há água ou aquecimento na cidade, onde mais de 400 mil pessoas estão cercadas pelas forças russas.

A equipe do CICV em Mariupol diz que as pessoas estão brigando entre si por comida e roubando combustível dos carros de outros. Todas as lojas e farmácias foram saqueadas e, como não há abastecimento de gás e a temperatura à noite deve cair para -5°C, será muito difícil se manter aquecido.

A equipe do CICV está alertando que as pessoas já estão ficando doentes. Na quinta-feira (10/3), pessoas que têm entes queridos presos dentro da cidade estavam tentando desesperadamente ligar para eles. Dmytro Gurin, um parlamentar ucraniano que cresceu em Mariupol e cujos pais estão presos lá, disse que conseguiu falar com seus vizinhos pela última vez há quatro dias.

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“Conversamos por 30 segundos depois que eles foram para um local com sinal – há alguns desses locais que as pessoas conhecem”, disse Gurin. “Eles disseram que meus pais estavam vivos, morando no porão do prédio deles. Não é um abrigo com luz, água e banheiro, é um porão sem nada.”

Gurin disse que seus pais estavam usando neve para beber água e tentando cozinhar em uma fogueira do lado de fora. “Você pode tentar imaginar isso? Seus pais, 67 e 69 anos, estão bebendo neve e tentando cozinhar em uma fogueira no inverno, e há bombardeios contínuos”, disse ele.

“Isso não é mais guerra. Isso não é exército contra exército. É a Rússia contra a humanidade”. Arthur Bondarenko, um distribuidor de café de 35 anos em Odessa, disse que estava enviando mensagens todos os dias para seus amigos íntimos, um casal com um filho de 6 anos.

“Todos os dias eu mando uma mensagem para eles e digo: ‘Olá, bom dia, como você está?’ Nenhuma das mensagens chega até eles”. Bondarenko disse que falou com o casal pela última vez em 2 de março. “Eles não tinham água, eletricidade, aquecimento e não havia abrigo embaixo da casa”.

 

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