O Ministério das Finanças do Suriname disse nesta segunda-feira que um comitê de credores rejeitou sua proposta de reestruturação da dívida, embora o governo continue disposto a realizar mais negociações.
O Suriname tem dois títulos negociáveis em circulação, totalizando pouco menos de US$ 600 milhões. A economia do país sul-americano foi devastada durante os bloqueios relacionados ao COVID-19, mas no médio prazo deve se beneficiar das receitas do petróleo, o que complicou as negociações com os credores privados.
“Minha porta permanece aberta e espero que um exame mais cuidadoso da situação no Suriname ajude a convencer o grupo de gestores de fundos internacionais de que o país precisa de um alívio significativo da dívida”, disse o ministro das Finanças, Armand Achaibersing, no comunicado.
O Suriname e o Clube de Paris de credores oficiais concordaram em junho em reestruturar quase US$ 100 milhões em um acordo que Paris chamou de “consistente com os parâmetros do programa do FMI em relação à sustentabilidade da dívida de longo prazo”.
O Clube de Paris estima que até o final de 2021 a dívida total do Suriname era de US$ 3,4 bilhões.