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China investiga ex-chefe da segurança por corrupção

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Zhou Yongkang é o mais graduado político chinês a ser relacionado em um caso de corrupção desde que o Partido Comunista assumiu o poder em 1949.

A China abriu uma investigação sobre o ex-chefe de segurança interna Zhou Yongkang, um dos políticos mais poderosos do país na década passada, informa nesta terça-feira o The New York Times, citando a imprensa estatal chinesa. Em um caso considerado por muitos analistas como o pior escândalo da história do Partido Comunista chinês, Zhou é suspeito de corrupção e enriquecimento ilícito na época em que comandava um dos principais braços do regime comunista e tinha acesso a informações privilegiadas sobre políticos e empresários. Oficialmente, a investigação vai apurar “sérias violações disciplinares” cometidas por Zhou – um eufemismo da agência estatal para se referir à corrupção.

Zhou, de 71 anos, é o mais graduado político chinês a ser relacionado em um caso de corrupção desde que o Partido Comunista assumiu o poder em 1949. A investigação será conduzida pelo órgão fiscalizador do partido, o Comitê Central de Inspeção Disciplinar.

Ex-poderoso – A agência Reuters noticiou em dezembro que Zhou foi colocado em um regime de prisão domiciliar enquanto o partido investigava as denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito contra ele. Zhou foi membro do Comitê Permanente do Politburo da China – a cúpula do poder no país – e possuía um imenso poder no cargo como o todo-poderoso da segurança, tendo acesso a inúmeras informações confidenciais referentes às classes política e empresarial da China. Ele se aposentou em 2012.

Durante seu mandato de cinco anos como chefe de segurança, Zhou era responsável pelas forças policiais, o aparato civil de inteligência, a polícia paramilitar, além de juízes e procuradores. O orçamento de segurança interna chegou a ser maior do que os gastos em defesa. Mas Zhou se tornou poderoso demais e foi rebaixado durante uma mudança total na liderança do partido em 2012.

Em 2012, surgiram rumores de que Zhou teria hesitado em tomar medidas contra Bo Xilai, antigo candidato a líder do partido, que caiu em desgraça após um escândalo surgido depois de denúncias de que sua mulher havia assassinado um executivo britânico. Ao ordenar a investigação, o atual presidente chinês, Xi Jinping, quebrou uma regra não escrita, pela qual se entendia que ex-membros do Politburo não seriam investigados após a aposentadoria. Zhou não pôde ser localizado pelo jornal para comentar a investigação e não ficou claro se ele está sendo representado por um advogado.

Cruzada – O presidente chinês Xi Jinping embarcou em cruzada contra a corrupção desde que tomou posse em março de 2013, comprometendo-se a agir contra “moscas e tigres” – em referência a funcionários de baixa patente e aos políticos graduados –, não poupando ninguém, independentemente da sua posição. De acordo com a mídia estatal, citando informações mais recentes, pelo menos 108.000 funcionários foram punidos nos primeiros nove meses de 2013.

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Fonte: agência Reuters

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