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Câncer de mama: metástase nos ossos, pulmão e fígado são mais comuns

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Entenda como o tumor metastático acontece e quais as medidas de tratamento.

No geral, cerca de 30% dos casos de câncer de mama evoluem com metástase. A possibilidade de ocorrer metástase depende fundamentalmente de dois fatores: a extensão/volume da doença no momento do diagnóstico (tamanho do tumor e grau de comprometimento dos linfonodos) e também do subtipo do tumor (existem tumores mais agressivos que outros).

 O câncer de mama costuma dar metástase mais frequentemente para ossos, pulmão, pleura e fígado. Considerando especificamente o osso, os sítios mais comuns de metástases são coluna, bacia, costela, fêmur e úmero.
O manejo do câncer de mama metastático é primordialmente medicamentoso, ou seja, quase nunca se opera o sítio metastático, que é tratado com medicamentos. O tratamento pode incluir quimioterapia ou hormonioterapia, a depender do tipo do tumor.

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 Em casos de metástases ósseas que estejam causando dor ou risco de fratura, uma opção de tratamento é a radioterapia desta área acometida pela metástase. Eventualmente a cirurgia poderá ser necessária em caso de fratura ou iminência desta, a depender do local do corpo.

Entendendo a metástase

A metástase ocorre devido à capacidade do tumor de formar novos vasos sanguíneos ao seu redor (angiogênese) e invadir estes vasos. Algumas células cancerígenas podem se soltar da massa tumoral principal, caindo na corrente sanguínea e circulando pelo corpo até achar um local propício para o seu desenvolvimento (que pode ser o osso, pulmão, pleura, fígado, cérebro… Conforme já comentado acima). Cada tipo de tumor tem uma afinidade maior ou menor para um ou outro local do corpo no qual pode se alojar, crescer e se desenvolver.

Muitas vezes estas células ficam adormecidas por anos e, em algum momento, por fatores ainda não completamente conhecidos, se manifestam.

Muitas vezes estas células ficam adormecidas por anos e, em algum momento, por fatores ainda não completamente conhecidos, se manifestam.

Vale a pena ressaltar que uma metástase pode se manifestar anos após o tratamento do tumor originário mesmo que este tumor (no caso a mama) não tenha recidiva no local. A explicação disto é que a metástase se originou na época em que o tumor primário ainda estava presente na mama (antes da cirurgia), momento no qual as células malignas entraram na corrente sanguínea, circularam no corpo e se alojaram em um determinado órgão tendo resistido à quimioterapia e hormonioterapia, bem como às defesas imunológicas, ficando adormecida por anos até se manifestarem.

Dessa forma, o câncer metástase é quase que uma cópia do tumor principal, ou seja, uma célula tumoral filha muito se assemelha a sua célula mãe. Por exemplo, quando fazemos uma biópsia de um nódulo pulmonar metastático de um câncer de mama e enviamos para o patologista, ao analisar esta biópsia no microscópio ele falará que são células do tumor da mama que estão alojadas no pulmão, ou seja, a metástase se assemelha as células do tecido de origem.

Tratar é prevenir

Apesar das células do câncer original e sua metástase serem quase idênticas, os tratamentos podem ser diferentes. A maioria dos tumores sólidos localizados (mama, intestino, estomago, ovário, etc) tem a cirurgia como a abordagem principal, podendo ser complementado por tratamento medicamentoso. Ou seja, nos canceres iniciais a cirurgia é que tem o papel mais importante.

Quando o tumor já se espalhou pelo corpo (metástase), em linhas gerais, a cirurgia passa a ter um papel bastante restrito no tratamento destes pacientes, ficando o tratamento medicamentoso (quimioterapia e/ou hormonoterapia) como a opção de maior eficácia no manejo destes pacientes.

Com o advento de novas drogas, pacientes com câncer de mama metastático têm tido cada vez mais um controle a longo prazo, com aumento da sobrevida global e com ótima qualidade de vida.

Não há nenhuma medida específica para evitar metástase pelo câncer de mama, além do diagnóstico e tratamento oncológico adequado. Isso porque o objetivo do tratamento é, essencialmente, evitar uma metástase. Este tratamento envolve:

  • Diagnóstico precoce do tumor. Quanto menor o tumor for ao diagnóstico, menor será a possibilidade de ele invadir os vasos sanguíneos e soltar células para a corrente sanguínea
  • Uma vez identificado o tumor da mama, ele deverá ser adequadamente tratado por um Cirurgião Oncologista ou Mastologista
  • Após o tratamento cirúrgico, será avaliada a necessidade de algum tratamento adicional como quimioterapia e/ou hormonoterapia, bem como radioterapia.

Ou seja, a abordagem de tratamento do câncer de mama tem como maior objetivo evitar que as metástases ocorram, visando realmente a cura do paciente. Outras medidas que potencializam este controle são: prática de atividade física e controle adequado do peso, bem como hábitos saudáveis de vida.

Mas vale a pena ressaltar que nem todos precisam de todas as etapas acima mencionadas para tratar um câncer de mama e evitar metástase. Além disso, mesmo as pessoas que realizaram todas as etapas acima, por necessidade e por indicação médica, podem desenvolver metástase. Alguns tumores são biologicamente muito agressivos e pouco responsivos à quimioterapia que dispomos nos dias de hoje.

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Fonte: Minha Vida

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