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quinta-feira, 30 janeiro, 2025

BRIGA: Guiana pede que governo Lula esclareça acusação de ministro: “Palavras lamentáveis”

Além disso, o Ministério de Minas e Energia estima que a Margem Equatorial brasileira possua vastas reservas de petróleo recuperáveis, que poderiam gerar receitas significativas para o país.

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GEORGETOWN – A polêmica recente envolvendo o Ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, e a Guiana ganhou destaque nos corredores diplomáticos, suscitando um pedido oficial de esclarecimento por parte da Embaixada da Guiana no Brasil. As declarações atribuídas ao ministro, que sugerem uma suposta exploração de petróleo por parte da Guiana em território fronteiriço com o Brasil, desencadearam uma resposta direta das autoridades guianenses.

Segundo Vernon Robinson, encarregado de negócios da Guiana no Brasil, a Embaixada já formalizou o pedido de esclarecimentos junto ao Governo Brasileiro. Em comunicado enviado à Gazeta do Povo, Robinson classificou as declarações como “lamentáveis” e reiterou a importância da parceria entre os dois países em diversas esferas internacionais.

O cerne da controvérsia reside nas afirmações feitas pelo Ministro Silveira durante uma reunião do G20 em Belo Horizonte. Ele expressou preocupação com a demora do Brasil em explorar petróleo na Margem Equatorial, citando a Guiana como uma beneficiária desta suposta omissão brasileira. No entanto, uma reportagem da Gazeta do Povo evidenciou que as declarações do ministro carecem de fundamentos factuais.

De acordo com a investigação jornalística, a Guiana Francesa, um departamento ultramarino da França, é a nação que faz fronteira marítima com o Brasil na região da Margem Equatorial. Esta localização geográfica torna infundada a alegação do ministro brasileiro sobre a Guiana estar explorando petróleo em território que deveria ser explorado pelo Brasil.

Além disso, o Ministério de Minas e Energia estima que a Margem Equatorial brasileira possua vastas reservas de petróleo recuperáveis, que poderiam gerar receitas significativas para o país. No entanto, as alegações sobre a Guiana “chupar as riquezas” do Brasil foram refutadas pela falta de evidências concretas que respaldem tais afirmações.

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