AMSTERDÃ – Ministério Público da Holanda tomou uma decisão significativa em relação ao caso do brasileiro Begoleã Mendes Fernandes, de 26 anos, acusado do assassinato de seu amigo Alan Lopes, de 21 anos, em Amsterdã. Após uma série de exames periciais que revelaram o estado mental de Begoleã, diagnosticado como esquizofrênico, ele foi considerado não punível pelo veredicto proferido nesta quinta-feira (8).
O trágico incidente ocorreu em 26 de fevereiro de 2023, quando Begoleã visitou a casa de Alan e, alegadamente, motivado por um delírio paranoico, o atacou com facadas fatais. O crime, segundo as autoridades, foi premeditado, com Begoleã sendo preso no dia seguinte em um aeroporto de Lisboa, tentando embarcar para Belo Horizonte com partes do corpo de Alan na mala, portando documentos falsos.
As investigações revelaram que Begoleã estava convencido de que sua vítima era um canibal, e ele acreditava erroneamente que estava agindo em legítima defesa ao perpetrar o crime. Esse estado psicótico, associado à esquizofrenia, o levou a cometer o ato hediondo.
Após sua detenção em Portugal, Begoleã foi extraditado para a Holanda, onde permaneceu preso desde 13 de março de 2023, enquanto aguardava julgamento. As autoridades holandesas decidiram pela internação compulsória do brasileiro, reconhecendo a necessidade de tratamento psiquiátrico em vez de punição penal, dada sua condição de saúde mental.
A esquizofrenia é um transtorno mental grave que pode resultar em episódios de psicose, delírios e alucinações, afetando significativamente a percepção da realidade e o comportamento do indivíduo. Embora a causa exata dessa condição seja desconhecida, acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, ambientais e neuroquímicos desempenhe um papel em seu desenvolvimento.
