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Brasil e Rússia discutem banco do Brics e mudanças no FMI, diz Dilma

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Presidente se encontrou nesta segunda (14) com Putin, em Brasília. Segundo Dilma, espionagem na internet também foi tema da reunião.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (14), após se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, que discutiu com ele, durante reunião de quase duas horas no Palácio do Planalto, a criação do banco do Brics (grupo de países formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul) e mudanças no Fundo Monetário Internacional. Dilma defendeu o FMI como um mecanismo “multilateral”.

Putin viajou para o Brasil para participar da VI Cúpula do Brics, que vai ocorrer em Fortaleza (CE) e Brasília (DF) durante esta semana.

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“Discutimos a perspectiva de conclusão da Cúpula dos Brics com o acordo para a criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics, além do arranjo do contingente de reservas. A Rússia expressou seu interesse em participar cada vez mais desse estreitamento das relações dentro dos Brics”, afirmou Dilma.

Durante a Conferência de Cúpula, os países deverão assinar o acordo para a criação de um banco de desenvolvimento – nos moldes do Banco Mundial – bem como um tratado para constituição do Arranjo de Contingente de Reservas, espécie de fundo anticrise do bloco.

Além do banco do Brics, Dilma disse ainda que discutiu com Putin um FMI “multilateral”. “Defendemos o crescimento [da cooperação bilateral] e dar prioridade aos nossos povos. O mesmo ocorre em relação em todas as situações internacionais, em especial nas econômicas, como única maneira de tornar, por exemplo, o FMI um mecanismo realmente multilareral”, concluiu a presidente.

 

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, ministros de Brasil e da Rússia assinaram atos para o desenvolvimento de planos de cooperação econômica e comercial – com o objetivo de aumentar o fluxo comercial de US$ 5,6 bilhões para US$ 10 bilhões anuais –, desenvolvimento da cooperação bilateral na defesa antiaérea, além de outros acordos que envolvem o setores aéreo, de gás, educação e saúde.

Ao se dirigir a Vladimir Putin, Dilma afirmou que os dois países não podem se “contentar” em ter dependências de qualquer espécie e que é preciso, tanto Brasil como Rússia, buscarem autonomia científica e tecnológica.

Espionagem
Dilma disse ainda que o Brasil saúda o apoio russo à resolução da Assembleia Geral da ONU sobre o direito à privacidade na era digital, proposta por Brasil e Alemanha após denúncias de que os EUA monitoraram atividades de chefes de Estado e de outros países, por meio de espionagem, incluindo a presidente Dilma e a chanceler alemã, Angela Merkel.

Em relação aos atos de cooperação econômica assinados entre os dois países, Dilma disse que o plano servirá para o desenvolvimento de iniciativas que possibilitem o aumento no fluxo comercial e de investimentos entre Brasil e Rússia.

Copa de 2018
Anfitriã da Copa de 2014, a presidente relembrou que a Rússia sediará a Copa do Mundo de 2018. Neste domingo (13), durante a final do Mundial entre Alemanha e Argentina, Dilma fez a entrega simbólica da Copa para o país europeu, no estádio do Maracanã. Ela também disse que os dois países podem trocar experiências sobre grandes eventos e lembrou que a Rússia sediou os Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, neste ano.

“Cumprimento-o, presidente Vladimir Putin, pela exitosa organização dos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi. Brasil e Rússia sempre poderão cooperar na organização dos mega eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2018 e os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro”, disse Dilma.

Brinde
Após a declaração à imprensa no Palácio do Planalto, Dilma e Putin seguiram para o Palácio do Itamaraty, onde participaram de almoço acompanhado de ministros e delegações dos dois países.

O presidente russo agradeceu a acolhida “tão calorosa” e afirmou que o encontro desta segunda-feira reflete o ambiente construtivo de negociações entre os países, além da intenção de ampliar a cooperação mútua.

Ao se referir à organização da Copa do Mundo no Brasil, Putin disse que o país elevou o nível de preparação do evento e que a Rússia terá de fazer “um grande esforço” para preservar o nível atingido pelo Brasil.

“Recentemente, fomos anfitriões dos Jogos de Inverno, e o Brasil vai ser o lugar dos Jogos Olímpicos de 2016. Estou certo de que as atividades serão muito bem preparadas, e a Rússia, por sua parte, fará grande esforço para realizar a Copa”, disse.

O presidente defendeu ainda o desenvolvimento de projetos bilaterais nas áreas de energia, farmacêutica, informática e biotecnologia. Putin afirmou que a Rússia está disposta a criar condições para ampliar o fluxo de mercado com o Brasil.

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Fonte: G1

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