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Bolsonaro diz que buscará comércio ‘sem viés ideológico’ na América do Sul

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Candidato do PSL a presidente defendeu o bilateralismo nas relações comerciais, mas afirmou que o Mercosul ‘não pode ser abandonado assim de uma hora para a outra’.

O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, defendeu neste sábado (20) o bilateralismo “no que for possível” nas relações comerciais com outros países e afirmou que, na América do Sul, buscará uma forma de fazer comércio “sem viés ideológico”.

Embora defenda relações bilaterais, o presidenciável afirmou que o Mercosul “não pode ser abandonado assim de uma hora para a outra” porque “muita gente investiu alto” no bloco comercial, cujos membros efetivos são Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela (atualmente suspensa do bloco).

“Vamos partir para o bilateralismo no que for possível. Conversei com Macri [presidente da Argentina] por telefone esses dias aí. Ontem [sexta, 19], rapidamente por telefone conversei com o presidente eleito do Paraguai, recebi a visita de três senadores do Chile, que não está no Mercosul. Mas nós vamos buscar uma forma de fazer comércio com toda a América do Sul, sem viés ideológico”, declarou.

Em entrevista na casa do empresário Paulo Marinho, no Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, onde gravou os últimos programas da campanha eleitoral, ele afirmou que pretende reduzir a carga tributária como forma de atrair empresas e estimular o emprego. Como exemplo, mencionou o presidente norte-americano Donald Trump.

“Ele quer uma América grande. Eu quero o Brasil grande também. Ele está preocupado com seu país. Ele diminuiu a carga tributária dos empresários, muitos criticaram, mas com isso voltou o emprego. As empresas que estavam fora do seu país voltaram para o seu país. A Inglaterra fez isso a 20 anos atrás. E o que nós queremos é isso”, afirmou.

Governo Temer

Bolsonaro disse na entrevista que nem tudo está errado no governo de Michel Temer (MDB). Segundo ele, o que está certo “tem de continuar”.

Como exemplo do que está “dando certo”, ele mencionou o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, mas não assegurou que ele permanecerá no posto.

“Não sei se vai ser mantido. O que está dando certo você tem de continuar. Não vou dizer que tudo está errado no governo Temer. Tem muita coisa errada, mas não vou citar exemplo. O presidente do Banco Central está dando certo, mas não sei se ele vai ser mantido”, declarou.

Ministros

Bolsonaro afirmou que a primeira providência a ser tomada se eleito será a nomeação dos ministros.

O candidato disse que chamará “quadros técnicos e competentes, que tenham patriotismo e iniciativa”. Ele afirmou que o ex-astronauta Marcos Pontes está “quase certo” para o Ministério de Ciências e Tecnologia, atualmente unificado com Comunicações – o candidato diz pretender separar.

Bolsonaro já anunciou três ministros: o economista Paulo Guedes (para uma pasta que uniria Fazenda e Planejamento); o deputado Onyx Lorenzoni (Casa Civil); e o general Alberto Heleno (Defesa).

“O tenente-coronel da Aeronáutica Marcos Pontes, está quase certo, para o Ministério de Ciências e Tecnologia. A ideia é separar esse ministério do das Comunicações. Talvez fique junto da educação”, declarou.

Reforma política e reeleição

O candidato do PSL afirmou afirmou que pretende propor uma reforma política para acabar com a reeleição e reduzir o número de cadeiras no Congresso.

“O que eu pretendo fazer – pretendo fazer e vou conversar com o parlamento também – vai ser uma excelente reforma política. Você vai acabar com o instituto da reeleição. No caso, começa comigo se eu for eleito. E diminui também em 15% a 20% a quantidade de parlamentares.”, afirmou

Fonte: G1

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