Michel Temer afirmou ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, que o bloqueio de R$ 8,2 milhões de suas contas no âmbito da Operação Lava-Jato “inviabilizou o próprio sustento de sua família”.
O magistrado ordenou ao Banco Central (BC) um confisco total de R$ 62 milhões de contas e bens do ex-presidente, alvo da Operação Descontaminação, desdobramento da Lava-Jato que aponta Temer como líder de organização criminosa para suposta arrecadação de propinas.
“A constrição integral dos bens e ativos de Michel Temer, à par de qualquer questionamento acerca de sua legalidade/ilegalidade, inviabilizou o próprio sustento de sua família, tornando-a, por conseguinte, insustentável de ser mantida na extensão em que foi decretada por Vossa Excelência”, afirmou a defesa a Bretas.
O ex-presidente apresentou à Justiça um detalhamento de seus gastos mensais e afirmou que paga, em média, R$ 96.766,31 em despesas.
Os advogados de Temer argumentaram a Marcelo Bretas que os gastos “não tem como escopo o custeio/manutenção de despesas com luxos e, portanto, supérfluas”. Segundo a defesa, os valores asseguram a Temer “condições de arcar com as suas despesas domésticas mensais”.
(Com informações do Estadão)