Entre os países da América do Sul, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), foi um dos últimos a se manifestar sobre a tentativa de assassinato contra a vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner. A jornalistas no Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (2), o mandatário afirmou lamentar o atentado, mas disse que “teve gente que vibrou” quando ele levou a facada no abdômen durante a campanha eleitoral de 2018.
Bolsonaro disse, ainda, que “já tem gente” tentando colocar o “problema” na “conta dele”. Ele informou que “mandou uma notinha” sobre o caso. Não há, até a publicação deste texto, nenhuma nota oficial sobre o atentado emitida por Bolsonaro, pelo Palácio do Planalto ou pelo Ministério de Relações Exteriores. (Uma nota foi divulgada às 16h06, depois da manifestação de Bolsonaro, chamando o atentado de “injustificável”).
Também não se manifestaram em tom de solidariedade ou de condenação ao ataque os presidentes do Suriname, Chan Santokhi, e da Guiana, Irfaan Ali. Também não há manifestação pública do presidente da Guiana Francesa, Rodolphe Alexandre.O local é um território da França e não é listado como um país.
Há, na América do Sul, declarações lamentando o ocorrido de líderes de partidos de esquerda, com posição política contrária a Kirchner, mas com afinação às defesas do governo Bolsonaro. Entre eles, os presidente do Paraguai, do Equador e do Uruguai.
Veja os pronunciamentos dos presidentes
Presidente da Argentina, Alberto Fernández: declarou feriado nacional nesta sexta e fez um pronunciamento em rede nacional. “Decidi declarar feriado nacional para que, em paz e harmonia, o povo argentino possa expressar-se em defesa da vida, da democracia e solidarizar-se com nossa vice-presidente.”
Presidente da Bolívia, Luiz Arce: “Repudiamos enfaticamente o atentado contra a vida da irmã Cristina Kirchner, vice-presidente da Argentina . Do Estado Plurinacional de Bolivia enviamos todo nosso apoio a ela, sua família, o governo e o povo argentino.”
Presidente do Chile, Gabriel Boric: “A tentativa de assassinato da vice-presidente da Argentina, Cristina Fernández, merece o repúdio e a condenação de todo o continente. Minha solidariedade a ela, ao Governo e ao povo argentino. O caminho será sempre o debate de ideias e o diálogo, nunca as armas ou a violência.”
Presidente da Colômbia, Gustavo Petro: “O ataque a Cristina na Argentina é fruto de um sectarismo que se transforma em violência. Tornou-se uma prática latino-americana pensar que a política é a eliminação física ou legal do adversário, tal prática é puro fascismo. A política deve ser a liberdade.”
Presidente do Equador, Guillermo Lasso: “Condeno os fatos cometidos contra a vice-presidente Cristina Fernández e envio a solidariedade do Equador ao governo argentino de Alberto Fernández. Acreditamos na democracia e na paz. Rejeitamos o ódio e a violência.”
Presidente do Paraguai, Mario Abdo Benitez: “Nos solidarizamos com a República Argentina diante da tentativa de assassinato sofrida por seu vice-presidente Cristina Kirchner. Juntamo-nos a todas as vozes que repudiam a violência e exigem justiça.”
Presidente do Peru, Pedro Castillo: “Toda a minha solidariedade ao vice-presidente Cristina Kirchner e ao povo argentino. O governo peruano condena o atentado ocorrido hoje contra sua vida. Repudiamos qualquer ato de violência.”
Presidente do Uruguai, Luis Lacalle: “A violência nunca pode ser tolerada em nenhuma circunstância. Minha solidariedade à senhora Cristina Fernández e a todo o povo argentino diante do atentado.”
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro: “Enviamos nossa solidariedade à Vice-Presidente Cristina Kirchner, diante do atentado contra sua vida. Repudiamos veementemente esta ação que busca desestabilizar a paz do irmão povo argentino. A Grande Pátria está com você companheiro!”.
