Manoel Pantoja, conhecido como “Samuka”, era árbitro de futebol. Longe dos holofotes das milionárias ligas profissionais, Manoel soprava seu apito e distribuía seus cartões nos campos esburacados do futebol amador paraense: ele era “juiz de pelada”.
Manoel não recebia os altos cachês que os árbitros estrelas, como Anderson Daronco e Héber Roberto Lopes, embolsam a cada partida. Morador do conjunto Pantanal, no Guamá, Manoel dividia sua paixão pelo futebol com o ofício de mecânico de motos.
Uma pessoa, que preferiu não ser identificada, informou que Manoel era uma pessoa tranquila, homem religioso e dedicado à família. Segundo essa fonte, no último sábado (1º de maio), Manoel Pantoja apitou uma partida no bairro do Tenoné. Questionado após uma marcação, Manoel teria sido cercado por jogadores e, para se defender, teria sacado um objeto — a fonte não tinha a certeza se o objeto era uma arma de fogo.
Na noite desta quinta-feira (6), homens encapuzados invadiram a casa de Manoel e atiraram várias vezes contra o árbitro amador. Manoel chegou a ser socorrido ao Pronto-Socorro do Guamá, onde foi registrado o seu óbito.