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Após acordo com Guiana, Polícia Federal do Brasil cria unidade contra crimes cibernéticos

Outros países da América do Sul também estão no projeto

Atualizado há

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A Polícia Federal (PF) do Brasil lançou uma iniciativa destinada a reforçar a segurança cibernética e coibir ciberataques contra instituições públicas e empresas privadas, promovendo ao mesmo tempo o intercâmbio de informações.

A Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos (UEICC), um projeto do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com o apoio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), inaugurado no final de junho, irá monitorar as ameaças cibernéticas contra instituições bancárias, assim como outros crimes cibernéticos praticados contra instituições governamentais, organizações de telecomunicações, entre outras.

“A instalação segue as diretrizes das ações estratégicas do Ministério da Justiça e Segurança Pública no enfrentamento à criminalidade cibernética, com ações voltadas à atuação investigativa formal de casos sensíveis e complexos, envolvendo crimes de alta tecnologia”, afirmou à Diálogo, em um comunicado, a Comunicação Social da PF. “A […] especializada foi criada para a troca de informações, com ênfase em medidas educativas, preventivas e de repressão. Com sua criação, as instituições esperam tornar o espaço cibernético mais seguro, reforçando a cooperação e integração de todos os entes envolvidos”, acrescenta o comunicado.

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Localizada no prédio da Diretoria de Tecnologia da Informação e Inovação, no complexo policial da Superintendência Regional da PF, em Brasília, Distrito Federal, os investigadores da nova unidade tentarão entender a estrutura e o modo de atuação das organizações criminosas, fomentando conhecimentos que serão disseminados entre as regionais da PF.

“A Polícia Federal tem feito frente rigorosa a esses crimes, investigando e chegando aos autores por meio da união das forças. A criação da UEICC fará com que o trabalho policial se especialize. A gente acredita firmemente que essa parceria público/privada será muito promissora e dará ótimos frutos. Apostamos muito neste novo método de atuação e nesta conjugação de esforços; temos certeza que seremos bem-sucedidos”, afirmou o diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, em um discurso na cerimônia oficial de implementação da unidade.

A Febraban criou um laboratório, em 2020, que simula ataques cibernéticos para conter fraudes e já capacitou mais de 4.000 colaboradores. São esses dados de ataques que a instituição irá compartilhar com a PF, por meio de um acordo de cooperação técnica, assinado em março de 2022, para que seja intensificado o combate a esses crimes. Desde 2015, a Febraban fechou um acordo de cooperação técnica com a PF, chamado Operação Tentáculos, para o combate às fraudes eletrônicas bancárias. Nesse período, através dos trabalhos de inteligência e investigação da PF, já foram deflagradas mais de 60 operações.

De acordo com a empresa de software israelense americana Check Point, fornecedora de soluções de segurança cibernética, a América Latina viu o maior aumento nos ataques de resgate em 2022, com uma de cada 23 organizações impactadas semanalmente. Em abril, o grupo de crimes cibernéticos russo Conti desencadeou uma série de ataques contra sites do governo na Costa Rica e no Peru, roubando dados e ameaçando divulgá-los se um resgate não fosse pago; a Costa Rica foi o país mais atingido.

Em meados de junho, a PF também assinou acordos de cooperação com Guiana, Equador e Colômbia, para reforçar o combate ao crime organizado transnacional na América do Sul, incluindo os crimes cibernéticos. Os acordos preveem o intercâmbio de experiências e a cooperação técnica entre as polícias das nações signatárias. Na ocasião, representantes sul-americanos conheceram a Academia Nacional de Polícia (ANP), da PF, e o Centro de Gerenciamento e Monitoramento da Força Nacional de Segurança Pública. A visita enfatizou a proposta brasileira de participação de agentes de segurança da América do Sul em cursos disponibilizados pela ANP e secretarias do MJSP.

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