Por meio da análise da lágrima do paciente, o dispositivo é capaz de monitorar o nível de açúcar ou a quantidade de ácido úrico em seu sangue
De acordo com Herman, os sensores das lentes possuem uma enzima sensível à glicose. Dessa forma, cada vez que o dispositivo está na presença de açúcar, sua enzima se modifica. Isso permite que os cientistas acompanhem o níveis de glicose dos pacientes apenas monitorando a lente.
Inicialmente, a tecnologia foi desenvolvida para aferir somente as taxas de glicemia no sangue. Porém, as pesquisas se expandiram para que o dispositivo também monitore outros sinais biológicos como ácido úrico, colesterol, dentre outros. “Durante as pesquisas, descobrimos também que podemos alterar a química do dispositivo para termos um sensor de ácido úrico, importante biomarcador de doenças renais”, exemplifica o pesquisador.
As lentes ainda estão em fase de testes, mas, de acordo com o estudo, a tecnologia — que deve ser mais barata que os procedimentos comuns — pode ser produzida em escala industrial desde que haja apoio das empresas. “Já estamos buscando colaborações com a iniciativa privada. Uma vez que conseguirmos tal apoio, acredito que as lentes e os sensores podem chegar ao mercado com rapidez e serão relativamente baratos”, antecipa o pesquisador.
Fonte:Veja