Renato Peixoto teria prometido casamento a mulher para não usar preservativos.
Um homem de 43 anos é suspeito de infectar de propósito mulheres com o vírus do HIV. Renato Peixoto Leal Filho é portador do vírus e teria tentado transmitir a doença para as mulheres com quem manteve relações sexuais. Uma das vítimas de Renato afirma que ele não contou, em nenhum momento, que era soropositivo.
— Ele não fez questão de usar camisinha. Quando eu mencionei, ele disse que eu tinha que confiar nele, da mesma forma que ele confiava em mim, que eu era diferente e que eu era pra casar.
Os cinco encontros da vendedora com Renato aconteceram no apartamento dele, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio. Atraída pela ideia do casamento, a vítima transou com ele sem camisinha.
— Ele sempre falava “eu vou marcar sua vida”. Falou duas vezes isso, que ia marcar minha vida, e marcou.
A doença de Renato só foi descoberta quando uma ex-namorada dele, de 23 anos, encontrou no apartamento o resultado de um exame que atestava a doença. A partir daí, a jovem, que morou junto com Renato, procurou outras mulheres que se envolveram com ele para alertá-las sobre o risco de contágio.
O primeiro teste da vendedora deu negativo, e Renato classificou as acusações da ex como “fofoca”
— Falou que essa ex dele era uma maluca, que ela estava querendo se vingar. [Falou que] sempre quando ele entra em contato com uma mulher, ou tá saindo com alguém, ela faz isso.
Em uma conversa através de áudios com a vendedora, a ex afirma que queria “mostrar que ele é um perigo para a sociedade, porque ele não vai parar”. Sobre a acusação de fofoca, ela afirma que “é o jogo que o Renato faz: coloca uma mulher contra a outra, justamente para nenhuma querer ter nenhum contato [entre elas]”
A jovem afirmou ainda, nos áudios, que quanto mais denúncias fossem feitas, maiores as chances dele ser preso. Na mensagem, a ex afirma que Renato é um criminoso e que não queria que ele pagasse multa, pensão ou “horas em centros comunitários”, mas sim na cadeia.
O suspeito foi indiciado por contágio de moléstia grave, com pena de até quatro anos de prisão. Cabe ao Ministério Público aceitar a denúncia da Polícia Civil. Ainda não há confirmação que alguma mulher realmente foi infectada por ele.
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Fonte: R7