A etapa chamada de “julgamento das acusações” de Manuela Vitória de Araújo Farias, presa em janeiro deste ano por tráfico de drogas na Indonésia, foi adiada para a próxima terça-feira (23), segundo o advogado Davi Lira da Silva, que acompanha o caso no Brasil.
Conforme o defensor, no encontro, o Ministério Público do país vai resumir a acusação e as provas contra a jovem e, com base nelas, pedir uma pena. Antes da sentença, ainda haverá um novo espaço para manifestação da defesa.
Manuela, que partiu de Florianópolis para Bali com a cocaína, pode ser condenada à pena de morte, conforme a legislação do país asiático. Agora, segundo da Silva, “o processo caminha para o fim”.
O julgamento de Manuela na Indonésia teve início em abril, dois meses após ela ser indiciada por tráfico. A brasileira tem 19 anos e foi detida com aproximadamente 3 quilos de cocaína. Além da pena de morte, segundo o Ministério das Relações Exteriores, quem for flagrado com drogas na Indonésia, em qualquer quantidade, pode ser sentenciado a vários anos de prisão ou detenção perpétua. A mulher está no Presídio Feminino de Kerobokan.
Segundo Lira, a brasileira Manuela foi usada como ‘mula’ para levar a droga ao país, além de ter sido enganada por uma organização criminosa de Santa Catarina, que prometeu férias e aulas de surfe.
A mulher foi indiciada por tráfico de drogas em 27 de janeiro. Após ser presa, ela conseguiu contato com familiares após o auxílio da Embaixada do Brasil no país. Manuela tem residência em Santa Catarina, estado onde vivia a mãe, e no Pará, onde o pai mora. Conforme o advogado, ela atuava como autônoma, vendendo perfumes e lingeries no Brasil.