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“Única saída”: empresário diz que matou estudante para esconder caso com namorado dela

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O empresário e agenciador de modelos José Roberto dos Santos Freire, que confessou ser o mandante da morte da universitária Larissa Gonçalves de Souza, de 21 anos, afirmou à Polícia Civil que o crime era a “única saída para o problema”. Freire, 35, disse ter um relacionamento com o namorado da vítima, o modelo Lucas Gamero, 21, que também teria participação no homicídio da estudante. Ele nega tudo

A descoberta de uma mensagem enviada por José Roberto a Lucas, indicando a existência do relacionamento dos dois, teria sido a causa da morte de Larissa. O agenciador contou que, desde então, ela passou a questionar o namorado sobre o caso. Lucas acabou conseguindo superar as desconfianças da estudante, mas o fato de passar a trabalhar na loja do empresário trouxe as dúvidas de Larissa à tona novamente

As desculpas e argumentos do modelo passaram a não ser aceitos por Larissa, que vinha exigindo mais atenção e dedicação de tempo por parte dele. Segundo José Roberto, a resistência de Lucas em romper o namoro com a estudante e assumir a relação homossexual perante a sociedade fez com que a morte de Larissa se apresentasse como a “única saída para o problema”

O corpo de Larissa foi localizado na manhã de terça-feira (3), no bairro Ponte Alta, em meio ao mato às margens de uma estrada, em avançado estado de putrefação. Vista pela última vez com vida no dia 23 de outubro, a estudante tinha seguido com o carro do pai até o pátio do terminal rodoviário de Extrema para embarcar no ônibus escolar que a levaria à Universidade São Francisco, em Bragança Paulista, onde cursava biomedicina

A suspeita de que Larissa tivesse sido vítima de um sequestro chegou a ser considerada, mas a Polícia Civil passou a seguir outra linha investigativa, após descobrir a existência do relacionamento amoroso entre Lucas e José Roberto

Os dois suspeitos passaram a ser monitorados pela equipe de policiais civis, possibilitando ao delegado Valdemar Lídio esclarecer parte da trama. Segundo o policial, após ser preso temporariamente, José Roberto acabou confessando o envolvimento no desaparecimento e morte de Larissa e apontando ainda Lucas como idealizador do crime

Com prisão preventiva decretada pela Justiça, Lucas foi ouvido e negou a participação no crime. Ele diz também que não mantinha qualquer relacionamento com José Roberto e que não sabia da intenção do agenciador de assassinar Larissa. O delegado adianta que somente após outras diligências poderá ser confirmada a participação ou não do modelo

Na sua versão sobre o crime, o agenciador de modelos disse que manteve contato com um garoto de programa, identificado apenas como “Sandro”, de São Paulo, para chegar até outro homem, chamado “Henrique”, que aceitou agir como executor de Larissa

Decidido a colocar o plano em prática, José Roberto comprou um chip de celular e chegou a falar por quatro vezes com “Henrique”, combinando os detalhes da morte da universitária. A polícia acredita que o chip e o celular foram descartados pelo agenciador, que pretendia eliminar qualquer vestígio de sua ligação com a morte de Larissa

À polícia, José Roberto confessou que foi buscar “Henrique” em São Paulo, no mesmo dia 23 de outubro em que a estudante desapareceu. O homem contratado como pistoleiro, por sua vez, apareceu acompanhado de uma mulher. Os três, então, seguiram diretamente para o terminal rodoviário de Extrema, onde renderam Larissa

Ainda de acordo com a confissão, a estudante foi levada para a casa de José Roberto, onde o casal a matou, colocou o corpo no porta-malas do carro do agenciador e descartou o cadáver às margens da estrada, no bairro Ponte Alta. O veículo do pai de Larissa foi abandonado na Rua Benedito Zingari, no bairro Jardim Monte Alegre, também em Extrema

O casal recebeu R$ 1.000 pelo “serviço” e foi levado de carro por José Roberto de volta a São Paulo, até as proximidades da rodoviária de Bragança Paulista. Os dois criminosos ainda estão sendo procurados pela polícia. Um quinto envolvido, que teria ajudado a ocultar o corpo da vítima, foi detido e ouvido pelo delegado. O conteúdo do depoimento não foi informado

Devido ao avançado estado de putrefação em que foi encontrado, o corpo de Larissa somente foi reconhecido pela mãe da estudante, ainda no local onde os criminosos o abandonaram, a partir das roupas, sapatos e brincos que ela usava no momento em que desapareceu. As unhas das mãos, pintadas de azul brilhante, também ajudaram a eliminar as dúvidas iniciais. A causa da morte será confirmada somente por meio do laudo de necropsia

Revoltados com o crime, um grupo de moradores de Extrema depredou a loja do empresário, onde Lucas trabalhava.

A ação foi filmada e mostra o momento em que o estabelecimento é saqueado e incendiado. No momento do ataque, o empresário estava prestando depoimento

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Fonte: R7

 

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