A tensão social se acirrou nesta terça-feira (28) na Guiana Francesa, que entra em seu segundo dia de greve geral.
Os habitantes do território ultramarino da França, que faz fronteira com o Estado do Amapá, denunciam a insegurança e o desemprego no território francês.
Os guianenses deram continuidade á paralisação geral nesta terça-feira e participaram de marchas em Caiena, maior cidade do território, e em Saint-Laurent-du-Maroni. O movimento tem como lema “Pou la Gwiyann dékolé” (Para que a Guiana decole, em dialeto crioulo), que integra coletivos contra a delinquência, do principal sindicato local, além de organizações de agricultores, professores e do setor do transporte.
O primeiro dia de paralisação teve fraca adesão da população, mas os organizadores conseguiram reforçar a mobilização nesta terça-feira (28).
Os manifestantes querem mostrar seu descontentamento e pressionar o governo francês a ouvir as reivindicações. A população pede um plano urgente contra a insegurança, o desemprego e a falta de infraestrutura pública para garantir o bem-estar dos franceses.
O governo francês prometeu enviar até o final da semana uma delegação ministerial ao local. O primeiro-ministro Bernard Cazeneuve, anunciou a construção de uma penitenciária e de um tribunal na localidade de Saint-Laurent-du-Maroni, na fronteira com o Suriname, rota de imigração clandestina para a Guiana Francesa, que funciona como porta de entrada para a União Europeia.
Na segunda-feira (27), o presidente francês, François Hollande, fez um apelo para que a calma seja restabelecida no território onde vivem mais de 260 mil pessoas. “A prioridade é combater a insegurança”, declarou o chefe de Estado, que garantiu o envio de recursos.
O portal de notícias LPM NEWS está acompanhando de perto a tensão que está provocando preocupação e medo nos brasileiros e surinameses que moram ou trabalham no país vizinho. Estaremos voltando a qualquer momento com mais informações sobre a situação na Guiana Francesa.
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