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Suriname, Guiana, Colômbia: América do Sul é quase toda governada por esquerdistas

Veja a situação de cada país

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Eleito na Colômbia nos últimos dias, Gustavo Petro tornou-se o primeiro presidente de esquerda na história do país ao receber 50,47% dos votos na disputa contra o empresário Rodolfo Hernández, conhecido como “Trump Tropical”. Em dezembro do ano passado, o Chile também passou por essa inversão do espectro político, quando o ex-líder estudantil Gabriel Boric venceu o ultradireitista José Antonio Kast.

As duas últimas eleições transformaram a América do Sul em uma reigão cujos governos são, em sua maioria, de esquerda. Dos 12 países que a constituem, oito são comandados por líderes que se identificam com esse lado do espectro político e que participam de um movimento de mudança de polos que vem tomando as Américas.

Confira os posicionamentos dos atuais governos sul-americanos:

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Argentina – Alberto Fernández, esquerda

Alberto Fernández é um advogado e professor argentino empossado presidente da Argentina em dezembro de 2019. Ele é filiado ao Partido Justicialista, também conhecido como Partido Peronista, fundado pelo líder histórico Juan Domingo Perón. Na época de sua posse, o presidente Jair Bolsonaro se recusou a comparecer ao evento, acusando Fernández de provocar uma fuga de capitais e empresas brasileiras no país.

Bolívia – Luis Arce, esquerda

Eleito presidente da Bolívia nas eleições gerais do país em 2020, Luis Arce é economista, contador e professor. Foi Ministro da Economia de seu antecessor, Evo Morales, duas vezes. Arce participa do partido Movimento ao Socialismo, que tem origem na organização política dos cocaleros, camponeses-indígenas bolivianos.

Brasil – Jair Bolsonaro, direita

Hoje filiado ao Partido Liberal, Jair Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil nas eleições de 2018. O militar reformado é conhecido por sua política alinhada com a direita populista, políticas antiambientalistas e anti-indigenistas, além do conservadorismo religioso. Durante sua campanha presidencial, o jargão que o colocou em destaque foi “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Chile – Gabriel Boric, esquerda

Gabriel Boric foi eleito presidente do Chile no final do ano passado com apenas 35 anos, tornando-se a pessoa mais jovem da história do país a ocupar o cargo. O ex-líder estudantil representou em sua eleição a coalizão “Aprovo Dignidade”, que reuniu a Frente Ampla e o Partido Comunista do Chile. Sua posição como líder político começou a crescer desde 2011, quando comandou protestos estudantis por educação gratuita.

Colômbia – Gustavo Petro, esquerda

Gustavo Petro é o novo presidente da Colômbia. Além de ter sido do movimento marxista de guerrilha urbana M-19, Petro também foi vereador, prefeito de Bogotá e senador. Sua campanha também é pioneira em eleger Francia Márquez, a primeira mulher e pessoa negra no cargo de vice-presidente do país.

Guiana – Irfaan Ali, esquerda

Irfaan Ali atua desde 2020 como o décimo presidente da Guiana depois da independência conquistada em 1966. A sua eleição foi marcada por uma crise eleitoral, quando a recontagem dos votos foi pedida, demorando mais de cinco meses para que os resultados dela tornassem públicos e Irfaan fosse empossado.

Paraguai – Mario Benítez, direita

Presidente do Paraguai desde 2018, Mário Benitez é um empresário membro do Partido Colorado, organização política de tendência conservadora e nacionalista, que tinha inicialmente o nome de Partido Nacional Republicano. Sua campanha eleitoral foi marcada pelo discurso anticorrupção e pela união do país.

Peru – Pedro Castillo, esquerda

Pedro Castillo é um professor e líder sindical peruano, que se tornou presidente do país em julho do ano passado. Castillo alcançou certa notoriedade nacional durante a greve dos professores no Peru em 2017. Em março deste ano, um pedido de impeachment foi aberto, aprovado pela maioria conservadora do congresso peruano, que alega “incapacidade moral” de Castillo para o cargo.

Suriname – Chan Santokhi, esquerda

Santokhi foi eleito o nono presidente do Suriname em 2020 pelo Partido da Reforma Progressista, que representa a comunidade indiana que vive no país. Ele ocupa a cadeira após 10 anos consecutivos do governo de Dési Bouterse, que comandou o país durante o regime militar entre 1980 e 1987 e voltou ao poder em 2010, eleito.

Uruguai – Luis Lacalle Pou, centro-direita

O presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, foi eleito em 2019 pelo Partido Nacional, que é reconhecido pelos posicionamentos alinhados a direita e centro-direita. Pou afirma ser um liberal e diz que quer favorecer os empresários face à “pressão fiscal”, além dos planos de privatizar empresas públicas, como a de telecomunicações, Antel.

Venezuela – Nicolás Maduro, esquerda

Nicolás Maduro é o atual presidente da República Bolivariana da Venezuela, estando no cargo desde 2013. Em 2012, como vice-presidente de Hugo Chávez assumiu interinamente a presidência em razão da enfermidade do presidente eleito. Chávez faleceu em 2013 e, após novas eleições, Maduro foi eleito o 57º presidente da Venezuela. Em 2018, foi reeleito em um processo eleitoral controverso e não reconhecido pela oposição e pela comunidade internacional.

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