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domingo, 16 março, 2025

Suriname e Guiana enriquecem com petróleo a 50 km de nós, diz Lula

O tema da exploração de petróleo na Margem Equatorial, região rica em potenciais reservas, já tem sido pauta frequente nos discursos do presidente

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BELÉM – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou nesta quinta-feira (13.fev.2025) sua posição a favor da exploração de petróleo na região da foz do Amazonas, destacando que, enquanto o Suriname e a Guiana enriquecem explorando petróleo a apenas 50 km do Brasil, o país precisa agir para aproveitar suas próprias reservas. Em evento no Amapá, Lula ressaltou sua preocupação com o equilíbrio entre preservação ambiental e o aproveitamento das riquezas naturais da região, que poderiam beneficiar economicamente o Brasil.

“Ninguém nesse país tem mais responsabilidade do que eu, climática. Eu quero preservar, mas eu não posso deixar uma riqueza que a gente não sabe se tem e quanto é, a 2.000 metros de profundidade… enquanto o Suriname e a Guiana tão ficando ricos às custas do petróleo que tem a 50 km de nós”, afirmou o presidente, defendendo que o Brasil não pode perder a oportunidade de explorar seus próprios recursos energéticos.

Lula também falou sobre seu sonho de um futuro sem a dependência de combustíveis fósseis, mas alertou que esse momento ainda está distante. “Eu sou favorável e eu sonho que um dia a gente não precise de combustível fóssil. Acho que um dia a gente não vai precisar de combustível fóssil, mas esse dia tá longe ainda. A humanidade vai precisar por muito tempo ainda”, afirmou o presidente, que reconhece a importância do petróleo no cenário global atual.

O tema da exploração de petróleo na Margem Equatorial, região rica em potenciais reservas, já tem sido pauta frequente nos discursos do presidente. Na quarta-feira (12.fev), Lula havia se pronunciado sobre a necessidade de autorizar a Petrobras a realizar pesquisas na região, mencionando a resistência do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão responsável pela fiscalização ambiental. “Precisamos autorizar que a Petrobras faça pesquisa, é isso que nós queremos. Se depois a gente vai explorar, é outra discussão. O que não dá é para ficar nesse lenga-lenga, o Ibama é um órgão do governo parecendo ser um órgão contra o governo”, declarou, em entrevista à Rádio Diário FM, do Amapá.

O presidente tem pressionado para que a pesquisa sobre o potencial de petróleo na área seja autorizada, uma vez que considera essencial para o desenvolvimento econômico do Brasil. Entretanto, ele reconhece que a questão envolve um equilíbrio delicado entre a exploração dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente, especialmente em uma área tão sensível como a Amazônia.

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