GEORGETOWN – O Rio Grande do Sul se prepara para enviar tropas em apoio à operação de reforço militar na fronteira do Brasil com a Venezuela e Guiana, em resposta às crescentes tensões decorrentes da disputa territorial entre esses países. A decisão foi anunciada pelo Comandante do Comando Militar do Sul (CMS), general Hertz Pires do Nascimento, durante a cerimônia do Dia do Exército na última sexta-feira (19).
A presença militar brasileira em Roraima tem sido intensificada desde que a Venezuela manifestou interesse em reivindicar uma parte do território da Guiana, especialmente a província de Essequibo, conhecida por suas reservas de petróleo e objeto de disputa histórica entre os dois países. Para fortalecer a resposta e a presença bélica na região, o Ministério da Defesa optou por aumentar o contingente militar na área.
O General Hertz mencionou que membros de unidades de Cavalaria Mecanizada do Rio Grande do Sul devem ser enviados para substituir o contingente atualmente em missão na fronteira. Essa movimentação faz parte de um esforço de rodízio determinado pela liderança do Exército, buscando manter o apoio contínuo à operação na região.
Os gaúchos contribuirão com cerca de 150 militares da 6ª Divisão de Exército, provenientes de unidades localizadas em Santana do Livramento, Bagé e Jaguarão, cidades estrategicamente posicionadas na fronteira com o Uruguai. Essa ação demonstra a importância da cooperação inter-regional no contexto da defesa nacional e das operações de segurança nas fronteiras.
A Operação Roraima, que visa reforçar a presença militar no norte do país, inclui o envio de viaturas blindadas, como os blindados da Cavalaria Mecanizada, para patrulhamento e monitoramento da região. Roraima, com seu vasto planalto composto de campos, oferece condições propícias para o uso desses veículos, conhecidos como “Lavradio”.
Atualmente, na fronteira com a Guiana, encontram-se diversas viaturas blindadas, incluindo VBMT 4×4 Guaicurus, equipadas com sistemas de armas avançados, além de outros veículos de transporte e reconhecimento. Esse esforço logístico reflete a importância estratégica atribuída à proteção das fronteiras brasileiras diante das tensões geopolíticas na América do Sul.
