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Quem são o capitão que tatuava seu nome em vítimas e a ‘madame’, acusados de liderar rede de exploração sexual na Colômbia

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Dezoito pessoas foram presas, em Cartagena, acusadas de integrar a organização, que teria feito mais de 250 vítimas, entre crianças e adolescentes.

Cartagena, uma das cidades mais turísticas da Colômbia, está em choque.

A ‘madame’ e o capitão são alvo de várias acusações relacionadas a crimes sexuais

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Dezoito pessoas foram presas acusadas de integrar uma rede de exploração sexual, que teria feito mais de 250 vítimas, entre crianças e adolescentes.

A procuradoria classificou as detenções como “a maior operação contra o turismo sexual de menores de Cartagena”.

Entre os presos, estão dois dos supostos líderes da quadrilha: Liliana del Carmen Campos Puello, também conhecida como “Madame”, que oferecia o serviço das vítimas por meio de catálogos; e Raul Danilo Romero Pabón, capitão da Marinha, acusado de abusar das jovens e tatuar seu nome na pele delas.

Quem é a ‘Madame’?

Campos Puello, a “Madame”, é apontada pelo Ministério Público da Colômbia como “a maior cafetina de Cartagena”.

A mulher de 42 anos é acusada de cooptar jovens, incluindo menores de idade, para enviar a outros países e envolvê-las em redes de exploração sexual.

Também é suspeita de “administrar uma ‘agência sexual’ na área das praias”, além de fazer contatos internacionais para organizar eventos que oferecem serviços sexuais.

De acordo com as autoridades, Campos Puello distribuía catálogos em vários países, que os clientes usavam para escolher as jovens que desejavam ter em suas festas.

Tudo indica que ela também contou com a conivência de funcionários públicos para dar entrada nos pedidos de passaporte e vistos de viagem.

Segundo a procuradoria, as jovens costumam viajar iludidas pela falsa promessa de conseguir um emprego no exterior. Mas, quando chegam ao país, seus documentos são retidos e elas são exploradas sexualmente.

“Madame” supostamente recrutava as meninas em bairros pobres de Cartagena e, na sequência, oferecia os “serviços” das jovens em praias, hotéis e praças do centro histórico da cidade.

Ela tem ainda antecedentes de tráfico de heroína e entrada ilegal nos Estados Unidos.

Diversos veículos de comunicação divulgaram fotos retiradas de redes sociais, em que Campos Puello aparece cercada por outras mulheres, em viagens de iate e contando grandes quantias de dinheiro.

Se for considerada culpada da acusação de tráfico de seres humanos, “Madame” pode pegar uma pena de até 23 anos de prisão.

O ‘predador sexual’ que tatuava vítimas

Romero Pabón, capitão de Infantaria da Marinha, é chamado pelo Ministério Público colombiano de “predador sexual”

De acordo com as autoridades, há evidências de que o homem de 35 anos se aproximava de meninas com menos de 14 anos para abusar sexualmente delas.

E, além disso, tatuava o nome dele nas vítimas.

Romero Pabón foi detido junto com o suposto cúmplice, o tatuador John Padilla.

Após a prisão, ele aceitou as acusações de formação de quadrilha, incentivo à prostituição de menores, exploração sexual de menores, utilização de meios de comunicação para facilitar a exploração sexual de menores e uso de menores de idade na prática de crimes.

Esses crimes têm penas previstas que variam de 8 a 25 anos de prisão.

Segundo o ministro da Defesa da Colômbia, Luis Carlos Villegas, Romero Pabón já foi afastado da instituição.

Impunidade

“As revelações que pouco a pouco aparecem sobre os integrantes da rede de exploração sexual de menores em Cartagena mostram o grau de impunidade que perpetuou esses abusos durante anos”, diz Boris Miranda, correspondente da BBC na Colômbia.

“Não surpreende tanto a existência de uma organização dedicada a prostituir menores, mas sim, a visibilidade com que eles operavam em Cartagena”, afirma o jornalista.

Miranda ressalta que basta ver “algumas evidências fotográficas existentes sobre Madame” para comprovar que ela realizava suas atividades ilegais na frente de policiais, gerentes de hotéis e outras autoridades.

Ele acrescenta que a detenção de dois policiais, um capitão da Marinha Nacional e operadores de turismo, é outro exemplo de como a organização contou com a conivência de diferentes setores.

“É uma rede que tinha recrutadores de meninas e adolescentes nos bairros, mensageiros que faziam a ponte com turistas e clientes, policiais que avisavam se alguma fiscalização seria realizada e até mesmo hotéis, onde menores eram levadas para se encontrar com estrangeiros”, conclui Miranda.

Fonte: G1

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