O filho mais velho de Romênia Brito, uma criança de 10 anos – que teria presenciado o assassinato da mãe a facadas – encontrou o pai na cadeia, em Paramaribo, segundo informações da família da brasileira ao LPM News. Policiais do Suriname teriam o levado para o encontro, mas o teor da conversa não foi revelado. O marido da tocantinense é o principal suspeito do crime e foi preso em flagrante.
“Aí só eles e Deus (sabem o teor da conversa). Isso tem uns dias já. Foi logo que eles chegaram lá (em Paramaribo), a polícia o levou para falar com o pai. Daí você vê como funcionam as coisas no país”, informou um familiar de Romênia, em contato com a reportagem nesta segunda-feira. Outra dificuldade enfrentada pelo pai da brasileira no Suriname está relacionada à liberação do corpo.
Francisco Saraiva está no país desde o último dia 29 de novembro. Ele conseguiu uma autorização na Justiça para repatriar os dois filhos de Romênia Brito, um de 10 e outro de cinco anos. No entanto, segundo informações da família, o processo burocrático para trasladar o corpo segue emperrado. O pai da tocantinense teme por não ter tempo hábil e nem espaço nos próximos voos.
“O custo para manter o corpo no necrotério é de 80 dólares por dia (cerca de R$ 420). Estamos preocupados porque não conseguimos liberar e temos informações de que os próximos voos estão quase lotados. Ainda tem o custo para trazer o corpo e mais três passagens aéreas. Estamos nos virando fazendo ações e recebendo doações para arcar com essas despesas”, adiantou.
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A boa notícia é que a família conseguiu reduzir os custos para levar o corpo ao Tocantins em quase 50%. “Negociamos com algumas funerárias, orçamos em outros lugares e conseguimos baixar”. Em paralelo a isso, outros problemas vão surgindo. Um deles são as crianças sem roupas para se vestirem. “Estão pensando em comprar roupas para as crianças, que estão sem”, disse a fonte do LPM News.
Entenda o caso
Dona de um restaurante em uma vila, localizada na divisa entre o Suriname e a Guiana Francesa, a tocantinense Romênia Brito, de 28 anos, morreu na última segunda-feira, dia 23. A brasileira é natural de Buriti, pequeno município de dez mil habitantes, distante 180 quilômetros de Marabá, no Pará.
O marido da vítima é apontado como autor das facadas. Logo após o crime, ele foi levado pela polícia para Paramaribo. Em depoimento, no último dia 26 de novembro, o acusado afirmou que Romênia Brito teria cometido suicídio. A polícia ainda investiga o caso e o mantém preso.
Doações
Caixa Econômica Federal, Conta Corrente: 00029420-0, Agência 2812, Operação 013, em nome de Raulingstoni Brito Reis, de CPF: 041.229.341-25.