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Previdência virou um ‘buraco negro fiscal’ e economia está no ‘fundo do poço’, diz Paulo Guedes

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Ministro da Economia falou em comissão do Congresso. Segundo ele, cabe aos parlamentares aprovar reformas propostas pelo governo e tirar país da atual situação econômica.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira (14), em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento, que a Previdência Social virou um “buraco negro fiscal que ameaça engolir o Brasil”. Guedes disse ainda que a economia do país está no “fundo do poço”, mas deverá sair dessa situação com a aprovação das reformas, como a Previdência e a tributária.

Ele lembrou que as contas do governo vêm apresentando resultados primários negativos, ou seja, com despesas maiores do que receitas (sem contar os juros da dívida pública) desde 2014, e que a estimativa da área econômica é de que o resultado continue no vermelho até o fim do governo Bolsonaro.

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De acordo com o ministro, o principal responsável pelos resultados negativos das contas públicas é a Previdência Social, que tem apresentado rombos bilionários nos últimos anos.

“O buraco da Previdência virou um buraco negro fiscal que ameaça engolir o Brasil”, afirmou Guedes.

Ele lembrou que o governo pediu autorização ao Legislativo para um “crédito suplementar” de R$ 248 bilhões neste ano.

O crédito suplementar, segundo Guedes, visa evitar o descumprimento da chamada “regra de ouro”, que impede que o governo contraia dívida para cobrir despesas correntes, como o pagamento de salário de servidores.

“Estamos pedindo um crédito suplementar para não quebrar a ‘regra de ouro’. A regra de ouro é um preceito básico, que é evitar a irresponsabilidade de ficar se endividando para pagar despesa corrente. Estamos à beira de um abismo fiscal, e por isso precisamos de um crédito suplementar para poder pagar despesas correntes”, completou o ministro.

A lei admite que o governo se endivide apenas para fazer investimentos, que podem depois se refletir em crescimento da economia e em aumento da arrecadação.

Guedes citou que o rombo das contas públicas tem impulsionado a dívida bruta do setor público, que atualmente está em cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB), bem acima da média dos países emergentes.

‘Fundo do poço’

Guedes ainda afirmou que a economia do país está no “fundo do poço”. De acordo com ele, está nas mãos do Congresso tirar o Brasil dessa situação, com a aprovação de reformas propostas pelo governo.

“Independente do mercado querer que as coisas aconteçam rapidamente, a nossa realidade é que nós estamos no fundo do poço. Então, não adianta achar que nós vamos crescer por fora, que vamos crescer 3%. Não é a nossa realidade. A nossa realidade é o seguinte: estamos lá no fundo. Agora está nas mãos da Casa [Congresso Nacional] nos tirar do fundo do poço, com esse equacionamento fiscal”, disse o ministro.

Mais cedo, o Banco Central avaliou, por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que o PIB pode registrar retração no primeiro trimestre deste ano. Guedes afirmou que, assim que as reformas forem aprovadas, a resposta da economia será rápida.

“As pessoas dizem: ‘A economia não está respondendo rapidamente’. Eu pergunto: ‘Respondendo a quê?’ Se é para responder, é para responder a alguma coisa. O que que nós fizemos para ela crescer? Nós não aprovamos nada. Não fizemos nada, como ela vai sair crescendo? Só na base da saliva, da expectativa, do sonho? Não”, argumentou o ministro.

De acordo com Guedes, a estratégia de crescer na base de declarações de autoridades da área econômica já foi tentada em governos do passado. Na visão do ministro, “funciona durante um certo tempo, e ali na frente colapsa tudo”.

“Nós não vamos fazer isso. Nós não vamos vender falsas esperanças. Ao contrário. Dizemos: ‘A situação é séria, mas as reformas têm o poder de produzir a resposta”, completou.

Fonte: G1

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