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Presidente turco participa de funeral de vítimas e pede população nas ruas

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Erdogan disse que a tentativa de golpe foi derrubada por vontade nacional. Turquia pediu aos EUA que enviem clérigo Fethullah Gulen de volta ao país.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, participou neste domingo (17) o funeral de algumas pessoas que morreram durante a tentativa de golpe militar da última sexta-feira (15),que deixou 265 mortos, sendo 161 civis e 104 militares contrários ao governo. Ele pediu para que seus seguidores permaneçam nas praças públicas.

Erdogan disse que vai continuar a limpar o “vírus”, responsável pela tentativa de golpe, de todas as instituições do Estado – uma referência ao seu adversário de longa data, o clérigo baseado nos Estados Unidos Fethullah Gulen. Segundo ele, a tentativa de golpe foi derrubada por vontade nacional.

O presidente também disse que os ministérios da Justiça e de Relações Exteriores da Turquia vão escrever aos Estados Unidos e outros governos ocidentais para exigir a devolução de Gulen. Ele acusa partidários de Gulen nas forças armadas pela tentativa de golpe contra o seu governo. Gulen, um ex-aliado Erdogan que viveu em exílio auto-imposto nos Estados Unidos durante anos, negou a acusação.

John Kerry
O secretário de Estado americano, John Kerry, pediu neste sábado (16) que a Turquia apresente provas de que o clérigo Fetullah Gullen, residente nos Estados Unidos, seja  o responsável pela tentativa de golpe de Estado na noite da última sexta-feira (15). O confronto entre as Forças Armadas e parte da população deixou 265 mortos – 161 civis e 104 militares contrários ao governo de Recep Tayyip Erdogan.

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Kerry, que estava em visita oficial a Luxemburgo, mostrou seu apoio ao governo turco após o golpe fracassado, mas pediu que Erdogan compartilhe provas do envolvimento de Gulen com os serviços de inteligência americanos, de acordo com os jornais locais “Luxemburguer Wort” e “Tageblatt”.

“Não recebemos nenhum pedido do governo turco sobre a extradição de Gülen por enquanto, mas esperamos que haja perguntas”, indicou o chefe de diplomacia americana à imprensa de Luxemburgo.

Militares afastados
As autoridades turcas detiveram no sábado o comandante do Segundo Exército, relacionado à tentativa de golpe militar, informou a agência de notícias Anadolu. O general Adem Huduti é o oficial mais graduado a ser apreendido até o momento, após a tentativa de intervenção que matou mais de 160 pessoas. O Segundo Exército, com sede em Malatya, protege as fronteiras da Turquia com a Síria, o Iraque e o Irã.

Outras reformulações também foram feitas pelo presidente. Erdogan já plenejava, há muito tempo, afastar alguns militares do poder, segundo fontes. Após a tentativa de golpe, o presidente turco demitiu 5 generais, 29 coronéis e substituiu o chefe maior das Forças Armadas, capturado por militares rebeldes.

Na noite em que tentaram derrubar o governo, militares de baixo e médio escalão bloquearam portos e pontes e usaram aviões de guerra para sobrevoar a cidade de Ancara. Sedes do veículo jornalístico CNN foram invadidas por homens armados. Um helicóptero atirava em pessoas comuns.

Durante a tentativa de golpe, o presidente Erdogan gravou um vídeo em que pedia apoio da população para conter o avanço dos militares. Enquanto isso, sobrevoava o país em um avião. Parte do povo acatou a ordem e saiu às ruas para defender o governo, enfrentando os militares. Tanques foram tomados pela multidão, que retirava à força os membros das Forças Armadas de seus blindados. Após o confronto, que deixou mais de 1.400 feridos e 2.800 presos, alguns militares se renderam e pediram asilo político.

Cronologia da tentativa de golpe
Às 23h (17h00 de Brasília) da última sexta (15), o primeiro-ministro turco Binali Yildirim denuncia uma “tentativa ilegal” de tomada do poder por um grupo dentro do exército, pouco tempo após o fechamento parcial das pontes sobre o Bósforo em Istambul.

Antes da meia-noite (18h de Brasília), um comunicado das “forças armadas turcas” anuncia a proclamação da lei marcial e um toque de recolher em todo o país, após a mobilização de tropas em Istambul e na capital Ancara. A declaração é assinada pelo “Conselho para a paz no país”, que diz ter “tomado o controle do país”.

Por volta do mesmo horário, grupos de monitoramento de internet diziam que o acesso ao Facebook, Twitter, YouTube e outras redes sociais foram restritos na Turquia.

Confrontos, com aviões e tanques, resultaram em cenas de violência em Ancara e Istambul. A violência foi travada entre os rebeldes e as forças legalistas, bem como dezenas de milhares de pessoas que saíram às ruas do país. Aviões de caça voavam a baixa altitude na metrópole, e o Parlamento foi alvo de uma série de ataques aéreos. Mais tarde, um avião lançou uma bomba perto do palácio presidencial.

O parlamento turco foi alvo de bombardeios militares e diversos carros foram destruídos durante a tentativa de golpe militar.

Fonte: G1

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