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Prefeitos de cidades brasileiras na fronteira com Venezuela e Guiana temem por guerra

"Atualmente, no lado brasileiro, o movimento na fronteira tem sido normal", concluiu a nota do Ministério da Defesa.

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GEORGETOWN – Os prefeitos das cidades fronteiriças de Roraima, que fazem divisa com a Venezuela e a Guiana, relatam apreensão diante do crescente movimento militar na região, aumentando a preocupação com a possibilidade de um conflito na América do Sul.

O município de Pacaraima, ao Norte de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, registra um movimento expressivo de blindados e militares. O Exército brasileiro também está posicionado estrategicamente em Uiramutã, outra cidade próxima à fronteira. Em contrapartida, em Bonfim, cidade na divisa com a Guiana, não há presença das forças armadas.

O prefeito de Pacaraima, Juliano Torquato (Republicanos), expressou sua apreensão à CNN, destacando a falta de informação das autoridades federais aos poderes legislativo e executivo locais sobre as ações em curso. Torquato ressaltou que a crescente presença militar na região gera preocupação na gestão e na população local.

“Estamos apreensivos porque está sempre aumentando o número de militares e de equipamentos nunca vistos antes em Pacaraima, e a gente fica preocupado. Fica nossa indignação pela falta de informação ao próprio poder que representa o povo e a população de Pacaraima”, reclamou o prefeito.

Ele também informou que, até o momento, o movimento de civis segue tranquilo no lado brasileiro da fronteira, enquanto na parte venezuelana, não foi observada movimentação estranha.

Na fronteira com a Guiana, o prefeito de Bonfim, Joner Chagas (Republicanos), publicou um vídeo mostrando a ausência de militares na região e a tranquilidade no comércio local. Apesar da tensão relacionada à disputa territorial entre Venezuela e Guiana, Chagas destacou que a situação não afetou o movimento na cidade de Lethem, na Guiana.

“A fronteira está aberta, os comércios estão funcionando, e o trânsito segue fluindo. Tanto os venezuelanos quanto os guianenses são nossos irmãos. Não queremos conflito. Torço para que essa situação se resolva de forma pacífica, o mais rápido possível”, afirmou Chagas no vídeo.

O prefeito também expressou sua preocupação com a possibilidade de um conflito armado, ressaltando que, apesar da normalidade aparente, existe uma inquietação em relação à disputa por Essequibo.

As declarações dos prefeitos foram encaminhadas ao Ministério da Defesa, que respondeu com um comunicado padrão. A nota destaca que o Exército Brasileiro mantém monitoramento constante e homens em prontidão para garantir a inviolabilidade das fronteiras. O Ministério informou que haverá um reforço de tropas e meios militares em Pacaraima e Boa Vista ao longo de dezembro.

“Atualmente, no lado brasileiro, o movimento na fronteira tem sido normal”, concluiu a nota do Ministério da Defesa.

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