Porque essa concepção agrupa os países não só pela localização geográfica, mas também pelo idioma e o passado colonial de cada um. Para uma nação ser considerada latino-americana, a convenção é que seus habitantes devem falar majoritariamente línguas derivadas do latim: português, espanhol ou francês.
Isso coloca no mesmo balaio todos os países da América do Sul, menos a Guiana, cujo idioma oficial é o inglês, e o Suriname, onde se fala holandês. Entram também todos os da América Central, menos Belize (inglês). E boa parte do Caribe, à exceção dos anglófonos, como Jamaica, Bahamas e Trinidade e Tobago.
Guiana e Suriname fazem parte do quê, então? Do Caribe, já que ficam de frente às nações insulares da região. E a denominação “Caribe” é mais democrática, já que também abraça as ilhas que falam espanhol, como Cuba.
Para evitar confusão, de qualquer forma, o normal é dizer “América Latina e Caribe” para se referir a qualquer coisa nas Américas que não seja EUA e Canadá.
Colonização
Quanto à dominação à que cada um foi submetido no passado, diferentemente dos outros países, que passaram séculos sob jugo espanhol e português, ambos foram colonizados pelos holandeses no século 17. A Guiana foi transferida para o domínio britânico no século 18 (daí o idioma ter virado o inglês), e conquistou a independência só em 1966. Já o Suriname permaneceu colônia da Holanda até 1975.