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Polícia prende enfermeira por suspeita de tentativa de homicídio contra recém-nascidos

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Enfermeira é suspeita de romper, intencionalmente, cateteres inseridos em recém-nascidos que se encontravam em incubadoras de UTI Neonatal.

Policiais da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV) prenderam, nesta questa-feira (2), uma enfermeira suspeita de tentativa de homicídio de quatro recém-nascidos em um hospital particular de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

De acordo com as investigações, Simone rompeu, intencionalmente, ora com tesoura, ora com as mãos, cateteres inseridos em recém-nascidos que se encontravam em incubadoras na UTI Neonatal.

Imagens de uma câmera do Hospital Real D’Or, em frente ao leito de uma das vítimas, mostram a ação da enfermeira, que já foi afastada da unidade. Mesmo não estando no seu horário de trabalho, ela aparece nos locais dos crimes retirando os cateteres dos recém-nascidos.

No vídeo, ela se aproxima de uma incubadora, observa o estado de saúde de um bebê internado e entrega algo para outra técnica de enfermagem. Quando a técnica de enfermagem sai, ela se aproxima de novo da incubadora. Segundo a polícia, ela pega uma tesoura, corta o cateter e tenta esconder. A ação dura cerca de nove segundos.

Mais de vinte minutos depois, uma outra enfermeira se aproxima, ela coloca luvas pra atender a criança. Ainda segundo a polícia ela percebe o problema e se desespera.

 A polícia descobriu que Simone cortou os cateteres de bebês recém-nascidos pelo menos 4 vezes só na segunda quinzena de janeiro. As crianças correram risco de hipoglicemia e infecção e, por isso, a enfermeira foi indiciada por tentativa de homicídio. Na delegacia, Simone negou as acusações.

No inquérito da polícia há fotos dos bebês com os braços machucados. O hospital percebeu a quebra dos equipamentos, abriu uma sindicância interna e avisou à polícia.

Durante a sindicância na unidade, Simone foi ouvida, sem saber que era suspeita de cometer os crimes, e chegou a dizer que possuía o treinamento necessário para realizar a troca de cateter e que se algo do tipo aconteceu teria sido por “má fé” de algum profissional.

Em nota, o Hospital esclareceu que não houve qualquer dano ou consequência aos pacientes em decorrência do reportado. O Hospital possui e segue continuamente rígidos protocolos de segurança, tendo imediatamente e de modo preventivo afastado a profissional em questão e em seguida comunicado a situação alegada às autoridades policiais competentes para a devida averiguação e providências.

A delegada titular da unidade, Juliana Emerique, informou que o mandado foi expedido pelo Juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca da Capital/RJ.

Fonte: G1

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