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Peritos da FAB voltam ao local da queda de avião que matou Agnelli

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Aeronave CA-9 era certificada como experimental e não tinha caixa-preta. Empresário e 6 pessoas morreram 3 minutos após decolar em SP.

Peritos da Aeronáutica voltaram neste domingo (20) à região da Casa Verde, Zona Norte de São Paulo, em busca de vestígios e evidências que possam ajudar na investigação da queda de um monotor que matou 7 pessoas da família do empresário Roger Agnelli e sua família no sábado (19), além do piloto.

Morreram no acidente, Agnelli, ex-presidente da Vale, Andrea, sua mulher, Anna Carolina e João Agnelli, seus filhos, Parris Bittencourt, marido de Anna, Gabriela, namorada de João, e o piloto, Paulo Roberto Simões.

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A presidente Dilma Rousseff e a Vale lamentaram a morte de Agnelli por meio de nota. “Foi com imenso pesar que a Vale recebeu a notícia do falecimento neste sábado de Roger Agnelli, aos 56 anos, presidente da empresa no período de julho de 2001 a maio de 2011. A Vale e seus empregados se solidarizam com a dor dos familiares e amigos do executivo que tanto contribuiu para o desenvolvimento da nossa empresa. Durante os 10 anos em que Roger presidiu a Vale, a companhia se consolidou como a maior produtora global de minério de ferro e a segunda maior mineradora do mundo. Foi durante sua gestão que a Vale intensificou sua estratégia de expansão global, que levou a Vale a um novo patamar no mercado global de mineração”, afirmou a mineradora em nota.

A aeronave, modelo CA-9, de prefixo PR-ZRA, não tinha nenhuma caixa-preta, segundo a Força Aérea Brasileira. Por ser um monomotor e que é certificado como tipo “privada experimental” (voando em forma teste para verificação de critérios de segurança e operação), ele não precisava possuir o dispositivo de gravação de dados do voo e da voz da cabine.

Os investigadores coletaram no sábado no local da tragédia peças da aeronave que foram encontradas em meio aos destroços e irão dar pistas sobre as causas da tragédia. “A perícia encontrou um alto grau de destruição, um nível de destruição muito alto”, afirma o coronel Madison Almeida do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa) 4, , órgão subordinado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que responde pela área de São Paulo.

Entre as supeitas para a causa do acidente está uma falha no motor ou um problema em relação às bombas de combustível. O piloto poderia, por exemplo, não ter ligado as bombas para bombeamento ao motor.

Não há informações ainda sobre se o piloto alertou à torre do Campo de Marte após a decolagem que havia pane.

Evidências, testemunhos e imagens
Conforme a Aeronáutica, a ação inicial dos peritos incluiu coleta de evidências no local da queda do avião, que se chocou contra uma casa de 3 andares, além de testemunhos de pessoas que viram o monotor se aproximando e também a realização de fotos.

Os investigadores buscam imagens de câmeras de segurança de outras residências da área e também públicas que podem fornecer novos elementos e levar ao cálculo da velocidade e do percurso do monomotor após a decolagem.

Outro fator analisado pelos investigadores é o histórico do piloto Paulo Ricardo Simões, de 33 anos. Ele teria que ter uma habilitação específica para o modelo que era de Agnelli. A investigação também quer saber se o piloto reportou panes nos voos anteriores ou se a aeronave passou por alguma manutenção recente.

Os dados sdas caixas-pretas são importantes para a investigação, mas não essenciais. Foi o que ocorreu durante a apuração da morte do candidato à presidência Eduardo Campos (PSB), ocorrida na queda de um jato Cessna em Santos (SP) em 2014. Na ocasião, a caixa-preta da aeronave não estava funcionando e o relatório final do Centro de Investigação e Prevenção Aeronáuticos (Cenipa) apontou que erros dos pilotos levaram à tragédia.

A aeronave decolou às 15h20 da cabeceira 12 de Campo de Marte e seguia com destino ao Santos Dumont, no Rio de Janeirom  caindo três minutos após a queda. O monomotor foi comprado pelo empresário em dezembro de 2012 e tinha capacidade para até 3.900 kg e
7 pessoas.

Conforme dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o monomotor estava com a situação de aeronavegabilidade normal e com a documentação em dia. O G1 tentou contato com a agência buscando informações sobre a manutenação da aeronave e o fato dela ser experimental, mas não recebeu retorno.

O major Henguel Ricardo Pereira, que coordenou a ação do Corpo de Bombeiros no resgate, afirmou que os corpos estavam “bem prejudicados e mutilados”. “No local, a aeronave foi destroçada pelo choque e os corpos estavam multilados e queimados”, disse ele. Foram recolhidos sete crânios no local.

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Fonte: G1

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