Secretaria de Educação investiga conduta de diretora e diz que alunos não foram prejudicados; segundo pais, freezer estava lotado de sorvete e carne ficou sem refrigeração.
Pais de alunos que frequentam a Escola Estadual Prudente de Morais, no Bom Retiro, no Centro de São Paulo, encontraram no colégio mais de 40 quilos de carne bovina, enviada para a merenda escolar, que ficaram sem refrigeração e estragaram. Agora, o material irá para o lixo, havendo desperdício.
Por volta das 7h de terça-feira (26), a Simone Pereira Cavalcante, mãe de um aluno e membro da Associação de Pais e Mestres, entrou na cozinha da escola, gravando tudo com o celular. Ela recebeu uma denúncia de funcionários e na cozinha encontrou sete caixas com seis quilos de carne, cada um em cima de uma bancada.
Os pacotes, com o selo de merenda escolar, foram entregues na terça-feira (26) e ficaram fora do freezer. Parte dos 42 quilos de carne já estava até mudando de cor e atraindo moscas quando foi encontrado pela mãe.
Simone chamou a Polícia Militar para servir como testemunha do ocorrido. “A escola já não dá muita alimentação e o que dá é desperdiçado”, diz ela.
A Direção da Escola confirmou que a carne estava fora do freezer e que iria para o lixo. Segundo a diretora da escola, o freezer da unidade não tem capacidade para armazenar toda a carne enviada pela Secretaria Estadual de Educação. Por isso, alguns alimentos têm de ser descartados.
Já os pais dizem que há outro motivo. Eles flagraram o freezer da escola cheio de caixas de sorvete que sobraram de uma festa na escola, há duas semanas.
A diretora da escola negou que o sorvete que sobrou tenha ocupado o lugar da carne. Segundo ela, a Secretaria de Educação já foi avisada sobre a falta de espaço no freezer, mas não resolveu o problema. Na manhã desta quinta-feira (28), a escola recebeu mais uma entrega de carne de porco.
Segundo a diretora da escola, a carne que ficou sem refrigeração não seria servida para os alunos. Mas, não disse o que fará com a carne de porco que chegou hoje, já que o freezer continua cheio.
A Secretaria Estadual de Educação abriu processo administrativo para investigar a conduta da diretora. E disse que a carne estragada foi descartada e substituída e a merenda dos alunos não foi prejudicada.
Fonte: G1