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quarta-feira, 9 abril, 2025

Oposição venezuelana apoia Maduro em busca do território de Essequibo

Por outro lado, os líderes opositores reforçaram sua posição contrária a uma abordagem bélica

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DA REDAÇÃO – Os líderes opositores venezuelanos María Corina Machado e Edmundo González reafirmaram, nesta terça-feira (1º de abril), seu compromisso com a “defesa” da soberania da Venezuela sobre o Essequibo, região rica em petróleo que o país disputa há mais de um século com a vizinha Guiana.

A posição da oposição surge em resposta às acusações do governo do presidente Nicolás Maduro, que reiteradamente alega que seus adversários políticos desejam “entregar” o território à Guiana. “O Essequibo é da Venezuela e vamos defendê-lo. Os direitos da Venezuela sobre o território do Essequibo são indiscutíveis, fundamentados em títulos históricos e jurídicos sólidos”, declararam Machado e González em nota oficial.

O Essequibo, uma área de aproximadamente 160 mil km², voltou ao centro das atenções internacionais após a descoberta de vastas jazidas de petróleo pela ExxonMobil há cerca de uma década. Na última semana, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, advertiu a Venezuela sobre possíveis consequências caso o país promovesse ações hostis contra a Guiana.

Em resposta, Maduro rejeitou as declarações de Rubio, a quem chamou de “imbecil”, enquanto seu governo negou qualquer intenção de conflito armado. A Força Armada Venezuelana, no entanto, assegurou que responderia com “firmeza e determinação a qualquer provocação ou ação”.

Por outro lado, os líderes opositores reforçaram sua posição contrária a uma abordagem bélica. “Queremos ser enfáticos: nós nos opomos categoricamente a qualquer opção bélica para resolver este assunto”, destacaram.

No próximo dia 25 de maio, a Venezuela realizará, pela primeira vez, eleições para escolher autoridades para o Essequibo, incluindo governadores e deputados. O governo anunciou a candidatura do almirante Neil Villamizar, ex-comandante da Marinha, para o cargo de governador da região.

A Guiana sustenta sua soberania sobre o Essequibo com base em um laudo arbitral de 1899, cujas fronteiras foram determinadas por arbitragem internacional. O governo guianês, liderado pelo presidente Irfaan Ali, solicitou à Corte Internacional de Justiça (CIJ) a ratificação desse laudo. A Venezuela, por sua vez, rejeita a jurisdição do tribunal e se apoia no Acordo de Genebra, assinado em 1966 com o Reino Unido, que anula o laudo de 1899 e estabelece diretrizes para uma solução negociada.

Diferentemente do governo Maduro, a oposição defende a atuação do país na CIJ para fortalecer sua reivindicação territorial. “Este processo requer uma defesa jurídica e estratégica integral, com a participação dos melhores especialistas, sem manipulações políticas ou ideológicas”, afirmaram os opositores.

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