DA REDAÇÃO – A Polícia Federal deflagrou uma operação contra um esquema de fraudes no Benefício Assistencial à Pessoa Idosa (BPC), que atinge migrantes venezuelanos e da Guiana. A ação resultou no cumprimento de nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Boa Vista e Bonfim, em Roraima.
Sete indivíduos estão sendo investigados por sua participação em uma organização criminosa que, segundo as investigações, recrutava idosos venezuelanos, falsificava documentos para comprovar residência no Brasil e, assim, garantia o acesso ao BPC. Após a obtenção dos benefícios, muitos desses beneficiários retornavam à Venezuela, continuando a receber os pagamentos indevidamente.
A Polícia Federal estima que o esquema tenha causado um prejuízo significativo aos cofres públicos, totalizando cerca de R$ 33.468.240. Em resposta a essa estimativa, a Justiça Federal autorizou o bloqueio de bens e valores dos investigados.
Entre os alvos da operação estão um advogado e servidores do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) de Bonfim, que, de acordo com as apurações, foram corrompidos para facilitar a inclusão dos beneficiários fraudulentos nos sistemas governamentais. O advogado é apontado como um dos principais agenciadores do grupo.
Os investigados podem responder por diversos crimes, incluindo estelionato majorado, corrupção ativa e passiva, e associação criminosa. A PF continua a investigação, que poderá revelar outros delitos relacionados ao caso.