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Onça é morta por caçador e tem carne distribuída a moradores no interior do AM

Atualizado há

Caso ocorreu em Amaturá nesta semana. Caçador será ouvido pela Polícia Civil.

Uma onça pintada foi morta e teve a carne distribuída a moradores no município de Amaturá, situado na Região do Alto Solimões, a 909 km de Manaus. Segundo populares, o animal teria comido cachorros e galinhas em um sítio na cidade.

O animal foi morto por um caçador na quinta-feira (11), no Ramal do Sabarana. Segundo relatos de moradores, a onça apareceu pela primeira na virada do ano, no cemitério da cidade. O animal teria atacado cachorros e galinhas nas casas.

Moradores relataram que o animal foi morto com um tiro de espingarda. O corpo da onça foi levado para a cidade e a carne foi distribuída entre os populares.

O caso foi confirmado pela Polícia Civil. De acordo com informações preliminares repassadas à polícia, o caçador alvejou o animal com o intuito de se proteger de um possível ataque.

O homem ainda será ouvido na Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Amaturá e um inquérito policial deve ser instaurado para investigar as circunstâncias da ocorrência.

A prefeitura do município informou que ainda não tomou conhecimento do caso. O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) informou que também não soube da morte do animal, porque a cidade não dispõe uma Unidade de Conservação (UC), o que dificulta a comunicação.

Crime ambiental

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) reforçou que matar animais da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente é crime ambiental previsto no artigo 29 da Lei 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais).

O crime pode resultar em detenção de seis meses a um ano e multa estipulada de acordo com a gravidade da infração.

O procedimento adequado, segundo o Instituto, é solicitar ao Batalhão Ambiental da Polícia Militar o recolhimento do animal. Eventualmente a PM pode encaminhar a onça a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama para reabilitação antes da devolução à natureza. Em alguns casos o Instituto é chamado para realizar a marcação do animal antes da soltura, com o apoio de instituições de pesquisa.

(Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Fonte: G1

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