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Observatório Amazônico disponibilizará base de dados do Suriname e mais sete países

Acervo inclui informações sobre biodiversidade e povos da região

Atualizado há

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A Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA) lançou nesta quarta-feira (10) o Observatório Regional Amazônico (ORA), um centro de referência de informações sobre biodiversidade, recursos naturais, fauna, florestas e povos da Amazônia.

A ideia é usar a estrutura para auxiliar no desenvolvimento de pesquisas e análises sobre recursos e sobre a sociodiversidade da região amazônica, de forma a contribuir para processos de formulação de políticas públicas e de tomada de decisões dos oito países integrantes da OTCA – Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela.

O observatório contém um acervo de dados tabulados, mapas, conteúdos georreferenciados, material multimídia, documentos oficiais, legislações e publicações acadêmicas oriundos de fontes oficiais de países-membros e de outras instituições que gerem informações sobre a Amazônia. O acesso à ferramenta é livre tanto em ambiente online como nas instalações físicas, localizada na sede da OCTA em Brasília.

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“O observatório já era um desejo desses países há 43 anos, diante da necessidade de se desenvolver um sistema e mecanismos de cooperação por meio de dados e informações”, diz a secretária-geral da OTCA, Alexandra Moreira.

Segundo Alexandra, a iniciativa favorecerá a tomada de decisões para políticas públicas mais responsáveis e inteligentes. “Seremos ferramenta para políticas públicas para cada um dos países-membros. Esperamos desenvolver soluções inovadoras e escaláveis para a gestão dos recursos naturais”, afirmou.

Entre as instituições brasileiras que compartilharão pelo menos 510 bases de dados está o Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro; o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama); o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe); Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

O Equador disponibilizará bases de dados do Ministério do Ambiente, Água e Transição Ecológica. Já a Guiana enviará informações sobre exportação de espécies obtidas que serão disponibilizadas por meio da Comissão de Conservação e Gestão da Vida Silvestre . Também contribuirão com suas bases de dados o Ministério do Ambiente do Peru e o Serviço Nacional Florestal e de Fauna Silvestre e o Instituto de Investigações da Amazônia Peruana.

De acordo com a OTCA, o observatório terá uma Sala de Situação, que abrigará a Rede Hidrológica Amazônica e a Rede de Monitoramento da Qualidade da Água, além de disponibilizar dados relativos a recursos hídricos e eventos críticos. As informações serão disseminadas por meio de uma plataforma tecnológica.

A execução do observatório contou com o apoio do Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW). Segundo o diretor do banco no Brasil, Martin Schroeder, a iniciativa promoverá transparência na gestão de conhecimento.

Melhorar o monitoramento da regulamentação do comércio internacional de plantas e de animais silvestres é um dos objetivos que Schroeder destacou na cerimônia de lançamento do observatório. A iniciativa visa ainda à implementação de um sistema licenciamento eletrônico para o comércio das espécies cobertas pelos acordos.

O embaixador da Alemanha no Brasil, Heiko Thoms, ressaltou a importância do observatório para a “conservação e manejo das florestas e da biodiversidade para povos indígenas e comunidades locais, na gestão de recursos e proteção de conhecimentos tradicionais; a gestão integrada e o uso sustentável de recursos hídricos de forma estratégica”.

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