Em pauta no Congresso do Suriname nos últimos dias, o Acordo de Brokopondo segue “dando pano pra manga”, como diz o ditado popular brasileiro. Em entrevista coletiva, Sergio Akiemboto, ministro de Recursos Naturais, afirmou que não vai renegociar, conforme sugerido pelos membros do colégio.
“Não vamos renegociar, não é possível retomar essas negociações, como sugerem os membros do colégio. Como Ministro dos Recursos Naturais, o caminho do diálogo foi escolhido. Como governo, o processo foi iniciado para dissipar a controvérsia que surgiu sobre este assunto”.
Ainda segundo Akiemboto, “a proposta foi feita para conter esses equívocos em um protocolo de transação, que irá esclarecer onde há pontos de ruptura”. O ministro manifestou que vai expor no Parlamento sobre a situação atual e como o Governo irá proceder porque “há fatos que não podem mais ser influenciados”, disse.
O fato principal mencionado por Akiemboto é uma linha do tempo do acordo entre o Suriname, Alcoa e Suralco, em 1958, bem como a projeto de energia, que entrou em vigor em meados de 1999. Por outro lado, a Suralco considerou não ser mais favorável continuar as atividades no país por conta do preço no mercado mundial.
Outro motivo alegado pela empresa é o custo de produção e do estoque de bauxita para manter o plano em andamento. Especialistas, agora, estiveram debruçados para saber se o Suriname seria capaz de tocar a operação, porém, ficou constatado a não rentabilidade ao Governo Federal.
Agora, o Parlamento deverá decidir os próximos passos a serem seguidos. O ministro deu a garantia de que, na continuação desses debates, ele responderia de maneira substantiva às questões e, também, que o acordo de Brokopondo deve ser usado como base para as negociações futuras.
Foto: Arquivo LPM
