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“Não enfiei dedos em feridas”, diz diretor de filme sobre Chico Buarque

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O filme “Chico – Artista Brasileiro” que abre nesta quinta-feira (1º) o Festival do Rio, não é um documentário sobre Chico Buarque, segundo o próprio diretor Miguel Faria Júnior. “Não tive essa ambição. É o meu olhar sobre um artista que atravessou os últimos 50 anos fazendo música e escrevendo romances”, disse aoUOL.

O diretor contou que o filme é uma espécie de continuação de “Vinícius” (2005). “Eu acompanhei a história do Vinícius de Moraes dos anos 1920 aos 60. Dali em diante, quem assumiu a batuta foi o Chico Buarque. Quis dar continuação a essa história conversando com o próprio artista”, disse.

Amigo de longa data de Chico Buarque, Miguel teve acesso total ao artista e gravou mais de 20 horas de entrevista. Mesmo assim, o diretor avisou que não se trata de um filme de fofocas ou com grandes revelações sobre o cantor. “Não é um documentário jornalístico. Não temos nada bombástico”, minimizou.

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Foi natural, como em uma conversa de bar. Ele é um cara que eu admiro pela qualidade do trabalho. Não enfiei dedos em feridas.
Miguel Faria Júnior, diretor

O longa acompanha também o cantor em uma viagem à Alemanha, onde ele foi pesquisar sobre seu meio-irmão, tema do livro “O Irmão Alemão”, lançado em 2014. “O irmão do livro é imaginário. Nada ali era de verdade. Mas na Alemanha descobrimos detalhes sobre aquele rapaz que viveu na Berlim comunista e chegou a fazer sucesso como cantor”, lembra Miguel. “Mas nem isso é uma novidade. O Chico já sabia há anos desse irmão”.

O diretor disse também que deixou para fazer o roteiro depois de concluir as entrevistas. “Não é uma história linear. Seguimos o pensamento do Chico. Ele fala um pouco sobre o casamento de 30 anos com Marieta Severo, de política, tem cenas com os netos. Com base nesses depoimentos, convidamos alguns artistas para interpretar canções do Chico, além do próprio cantando algumas delas”, revela.

Mesmo assim, segundo o diretor, o filme merece destaque porque mostra Chico Buarque na intimidade, como um cara bem humorado e excelente contador de histórias. “Chico relembrou o que fez para contornar a censura, além de afirmar que abandonou a atuação política depois que o Brasil retomou o rumo democrático”, afirma.

“Tentei retratar o Chico pelo meu olhar. Mas ele falou o que quis falar. Foi natural, como em uma conversa de bar. Ele é um cara que eu admiro pela qualidade do trabalho. Não enfiei dedos em feridas”, concluiu.

Festival do Rio
Ao todo, o festival apresentará até o dia 14 de outubro cerca de 250 títulos de mais de 60 países espalhados por 20 cinemas da cidade. A abertura vai ocorrer no Cine Odeon, no centro da cidade.

O evento terá também homenagens ao centenário de Orson Welles, aos Studios Ghibli, ao Cinema Noir Mexicano e aos diretores Hal Hartley e Wes Craven. A programação completa você encontra no site do festival.

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Fonte: Uol

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