DA REDACAO – O mundo atravessa o maior período de conflitos ativos desde a Segunda Guerra Mundial, com 59 confrontos em andamento e 92 países envolvidos em disputas além de suas fronteiras. Essa é a análise de Steve Killelea, fundador e presidente do Instituto de Economia e Paz (IEP), think tank global com sede em Sydney, Austrália, que compartilhou suas reflexões no encerramento de 2024.
O IEP, que se dedica ao estudo da relação entre paz, negócios e prosperidade, analisa os fatores culturais, econômicos e políticos que favorecem a convivência pacífica. A organização, responsável pelo renomado Índice de Paz Global, vê com preocupação o atual momento global, caracterizado por tensões políticas e militares em diversas regiões. Killelea destaca que os eventos mais marcantes de 2024, como os conflitos na Ucrânia, Gaza, Líbano e Síria, têm alterado de forma significativa a configuração política e econômica global.
“Embora as consequências desses conflitos ainda não sejam totalmente visíveis, os custos econômicos já são evidentes, e as fronteiras de muitos desses países estão mudando. Mesmo diante de um cenário desafiador, o trabalho do IEP nunca foi tão relevante e impactante”, afirma Killelea. De fato, o IEP segue sendo uma fonte crucial de dados e análises que orientam formuladores de políticas, pesquisadores e profissionais ao redor do mundo.
Em 2024, o IEP esteve presente em 170 países, expandindo seu impacto e alcançando um público cada vez mais ávido por informações e perspectivas qualificadas sobre questões globais. Seu alcance nas mídias sociais superou 3,5 bilhões de visualizações mensais, e mais de 16.000 artigos de notícias sobre suas pesquisas foram publicados. Além disso, o boletim informativo semanal Future Trends do instituto, que aborda as principais tendências e desafios globais, cresceu para mais de 100.000 assinantes.
O instituto tem se destacado também pelo seu trabalho em capacitar defensores da paz em diversas regiões do mundo. Seu programa de embaixadores da paz, que já treinou milhares de pessoas, tem como objetivo formar líderes que promovam a paz em suas comunidades. Em 2024, o IEP também realizou treinamentos de paz positiva em diversos continentes, de países como o México até a Indonésia, reforçando seu papel na construção de uma rede global de pacificadores.
A pesquisa do IEP aponta que a paz não é apenas um valor moral, mas uma condição essencial para enfrentar os maiores desafios do mundo, como a mudança climática e o desenvolvimento econômico. “Nossa pesquisa demonstrou que a paz é um pré-requisito para resolver questões tão urgentes como a crise climática e a criação de uma economia global mais equitativa e sustentável”, destaca Killelea.
Com uma presença crescente em sete países, o IEP está bem posicionado para continuar expandindo seu impacto e fortalecer sua missão. Em 2025, a organização pretende continuar promovendo uma mudança de paradigma, defendendo a paz como a base para a prosperidade humana e a estabilidade global.
“Juntos, podemos seguir construindo um mundo mais pacífico e resiliente”, conclui Killelea, enfatizando a importância de unir esforços para enfrentar os desafios globais de forma colaborativa e eficaz.
