PARAMARIBO – Nesta terça-feira, 24 de dezembro, a notícia da morte de Desi Bouterse, ex-presidente de Suriname, abalou o país e gerou uma onda de incertezas, principalmente devido à demora na confirmação oficial do ocorrido. A mensagem sobre seu falecimento foi publicada nas redes sociais, mas demorou horas para ser confirmada por fontes confiáveis. Enquanto isso, um grande número de pessoas se dirigiu à sua casa, em Leonsberg, e ao centro partidário de Geyersvlijt, em busca de respostas.
Familiares e apoiadores do ex-presidente se reuniram nas duas localidades, tentando obter alguma confirmação sobre o que realmente havia acontecido. Testemunhas relataram que muitos foram orientados a aguardar em Geyersvlijt, onde o centro do partido pareceu ser o ponto central para qualquer nova informação. A causa da morte, até o momento, permanece desconhecida, e não há declarações oficiais sobre o assunto.
Clique aqui para seguir o canal do LPM News no WhatsAppDesi Bouterse, que foi condenado a 20 anos de prisão pelo Tribunal de Justiça de Suriname por seu envolvimento nos assassinatos de 15 opositores políticos durante o regime militar de 1982, estava foragido desde sua condenação, há um ano. Ele era alvo de um mandato de prisão internacional, após ser considerado culpado pela corte no processo criminal que ficou conhecido como o “Caso 8 de dezembro”. Apesar da condenação, Bouterse nunca cumpriu a pena, permanecendo fora do alcance das autoridades.
Recentemente, em 22 de dezembro, a polícia surinamesa havia realizado buscas em quatro locais, incluindo a residência de Bouterse em Geyersvlijt, mas sem sucesso em localizá-lo. A operação também incluiu buscas em Casiwinica e Brokobaka, mas, segundo fontes policiais, Bouterse não foi encontrado em nenhum desses lugares.
As autoridades ainda não forneceram detalhes oficiais sobre a causa de sua morte, mas, dada a sua posição como uma figura controversa na política surinamesa, a informação tem gerado especulação tanto dentro como fora do país. O ex-líder, que governou o Suriname de 1980 a 1991 e novamente de 2010 a 2020, sempre teve uma relação tensa com a justiça, especialmente em relação aos eventos de 1982, que ainda são um marco de polarização na política local.
Até o momento, a família de Bouterse não se pronunciou publicamente, e os detalhes sobre seu funeral ou cerimônias estão sendo mantidos em sigilo. O governo surinamês também não emitiu uma nota oficial, e o país segue em um clima de tensão, aguardando maiores esclarecimentos.
