A ministra do Planejamento, Simone Tebet, está embarcando para Georgetown, na Guiana, juntamente com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para detalhar o ambicioso plano de integração do Brasil com os países sul-americanos vizinhos. O projeto, denominado “Rotas da Integração Sul-Americana”, é uma iniciativa robusta que visa fortalecer os laços econômicos e infraestruturais entre o Brasil e suas nações fronteiriças.
A comitiva, liderada por Lula, tem como objetivo apresentar o plano que engloba 124 iniciativas distribuídas em cinco eixos, conectando o território de 12 países sul-americanos com 11 estados brasileiros. Entre os estados contemplados estão o Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.
Inicialmente, as “rotas” visam melhorar a integração por meio de investimentos em infraestrutura, como rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias. O projeto, anteriormente conhecido como “PAC da integração”, devido à inclusão de obras já previstas no Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC), agora expandiu seus objetivos. Além de fortalecer as conexões físicas entre os países, o Brasil visa ampliar o comércio e fomentar o turismo na região.
Durante a cúpula no Caribe, será apresentada a primeira rota, que engloba os estados de Amapá e Roraima, parte do Amazonas e do Pará, estabelecendo conexões com a Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela. Uma das iniciativas-chave nesse eixo é a transformação do Porto de Santana, no Amapá, em um potencial “Porto das Guianas”.
De acordo com o Ministério do Planejamento e Orçamento, tanto a Guiana quanto a Guiana Francesa demonstraram interesse em utilizar o porto para receber embarcações provenientes da Europa. Com isso, o Porto de Santana poderia se tornar um importante “hub” logístico no norte da América do Sul.
A presença de Lula na Guiana ressalta a importância estratégica desse projeto para a política externa brasileira. A expectativa é que a iniciativa promova não apenas a cooperação econômica regional, mas também consolide o Brasil como um ator relevante no contexto sul-americano.