Segundo o Departamento de Emergência do Hospital Acadêmico de Paramaribo, em média 700 pessoas recebem atendimento de emergência por ano por tentativas fracassadas de suicídio no hospital.
Relatório do ministério da saúde aponta que os casos de vítimas de suicídio tem aumentado de forma alarmante nos últimos cinquenta anos no país.
Em 1965, o número de casos de suicídio era de 6,2 por cem mil habitantes. Agora o número subiu para 26,7, o que é muito além da média mundial de dezesseis casos por cem mil habitantes. Estes números colocam o Suriname na lista dos seis primeiros países no mundo com maior número de suicídios.
O Ministério da Saúde diz que está trabalhando para reverter estes números e o primeiro passo foi a criação de um “Plano Nacional de Prevenção do Suicídio e Intervenção 2016-2020”, elaborado por um comité científico que surgiu com o apoio financeiro da Unicef. Ricardo Haarloo, psiquiatra e presidente do comitê científico da prevenção do suicídio, disse que o plano “on time” está terminado e que apesar do aumento alarmante, já estão sendo executadas políticas agressivas para reduzir estes números.
Fauzia Poese, médica e coordenadora do Departamento de Emergência do Hospital Acadêmico de Paramaribo, disse que a tendência de subida ocorreu especialmente nos últimos cinco anos e, especialmente, na faixa etária de 15 a 19 anos e que quase 60 por cento das 1.868 tentativas de suicídio registradas entre 2013 e 2015 foram feitas por mulheres. Como medida preventiva, o ministro Patrick Pengel realizou uma abordagem importante para uma ação eficaz em cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca para restringir o acesso fácil a pesticidas e agrotóxicos que são frequentemente utilizados nos casos de suicídio.
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