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Militares identificam novas áreas de garimpagem clandestina durante Operação Ágata

As implicações ambientais são significativas, especialmente considerando que a separação do ouro dos outros componentes nos garimpos frequentemente envolve o uso de mercúrio

Atualizado há

CAIENA – Durante a ‘Operação Ágata’, uma iniciativa conjunta envolvendo militares e agentes de segurança pública federais e estaduais, foram descobertas novas áreas de garimpagem ilegal na região do distrito de Lourenço, situado no município de Calçoene, norte do Amapá. A operação revelou a extensão do problema que afeta áreas sensíveis, incluindo o Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque, reconhecido pela sua importância ambiental como área de proteção integral.

De acordo com o general Nagy, responsável pelo Centro de Coordenação de Operações do Comando Militar do Norte, a operação resultou na identificação de novos pontos de atividade ilegal de garimpo, alguns dos quais localizados dentro de áreas protegidas onde qualquer tipo de exploração mineral é proibida pela Agência Nacional de Mineração (ANM). “Tivemos uma patrulha que se deslocou para o parque nacional, onde encontrou área de garimpo. Nesse local não havia a lavra do ouro no momento. Também foram identificadas áreas anteriores mais antigas de garimpo ilegal que não tinham sido mapeadas”, explicou o general.

As implicações ambientais são significativas, especialmente considerando que a separação do ouro dos outros componentes nos garimpos frequentemente envolve o uso de mercúrio, substância altamente contaminante para o meio ambiente. Além disso, a região abriga nascentes de rios importantes como o Calçoene e o Cassiporé, ampliando os riscos para o ecossistema local.

A operação mobilizou cerca de 500 militares das Forças Armadas, em colaboração com efetivos da Polícia Civil, Polícia Federal e outras forças de segurança, como parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF). Essa iniciativa visa não apenas combater o garimpo ilegal, mas também restringir delitos transfronteiriços e ambientais na fronteira norte do Brasil.

Vitor Moraes Soares, superintendente da Polícia Federal no Amapá, destacou a importância da cooperação entre as diferentes agências envolvidas na operação: “Cada agência atua na sua área de competência. A Polícia Federal, por exemplo, foca na fiscalização e repressão dos crimes ambientais e do tráfico de drogas.”

Além das atividades de segurança, a operação incluiu ações de saúde para a população local ao longo da faixa de fronteira, proporcionando serviços como higiene bucal, atendimentos odontológicos e médicos, realizados por acadêmicos das áreas de medicina, enfermagem, farmácia e odontologia, supervisionados por profissionais do Exército.

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