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Maranhenses podem estar entre desaparecidos de naufrágio na costa da Guiana Francesa

Ainda não há uma lista oficial de mortos ou desaparecidos da viagem, mas familiares de Turilândia já foram ao Amapá para ajudar nas buscas. Maranhenses teriam viajado para trabalhar.

Atualizado há

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Pelo menos quatro maranhenses estariam entre os 19 brasileiros desaparecidos na costa da Guiana Francesa, onde uma canoa naufragou na noite de 28 de agosto. Familiares apontam que os maranhenses que estavam na embarcação eram de Turilândia, cidade a 160 km de São Luís.

Segundo parentes, os maranhenses são da mesma família: Carlos Adriano Almeida, de 22 anos, viajava com a esposa Karine Oliveira Soares, de 18 anos. Na embarcação também estavam a mãe dela, Geane Oliveira, de 43 anos, e a irmã dela, Géssica Oliveira Soares, de 22 anos. A família diz que eles saíram em julho do Maranhão com a intenção de trabalhar num garimpo na região de fronteira.

A embarcação partiu de Oiapoque, no extremo Norte do Amapá, com destino ao departamento francês. Todos viajaram em busca de trabalho e melhores condições de vida, mas, desde o naufrágio, segue o drama de familiares em busca de respostas.

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“Eu estou desesperada, quero notícias do meu filho. Eu não quero que o pior tenha acontecido, mas faço um apelo para que nos informem o que aconteceu. Ele fez essa viagem contra a minha vontade. Eu nunca quis que meu filho fosse pra esse lugar distante, perigoso”, falou a mãe de Adriano, Jonilde Almeida, de 43 anos.

Ao todo, são pelo menos 19 brasileiros desaparecidos, de acordo com relatos de sobreviventes à polícia francesa que, até o momento, resgatou 4 tripulantes e 1 corpo ainda não identificado em alto mar. Ainda não há uma lista oficial de mortos ou desaparecidos da viagem.

No Brasil, a investigação é conduzida pela Polícia Federal (PF), que informou que trabalha em cooperação com as autoridades francesas visando auxiliar as famílias, que reclamam das buscas e estão mobilizando grupos procurando por conta própria.

Inclusive, a PF convocou parentes de desaparecidos para coleta de material genético, que será encaminhado para a Guiana Francesa para exames de DNA. De acordo com o governo francês, as buscas localizaram, até quarta-feira (1º), quatro pessoas com vida e um corpo sem identificação.

Naufrágio e resgate

Foto: Facebook

Em comunicado, a prefeitura da região da Guiana Francesa detalhou que a operação de resgate no mar foi iniciada depois que uma embarcação encontrou uma mulher agarrada em uma boia. Ela estava no canal de acesso ao porto de Kourou, do lado francês, e contou, segundo a nota, que estava à deriva depois que a canoa em que ela estava naufragou na noite de 28 de agosto.

Foram destinadas à região um helicóptero e embarcações especializadas “para procurar possíveis náufragos em uma ampla faixa costeira de Caiena a Sinnamary”, cidades que ficam distantes 100 quilômetros uma da outra. As buscas foram feitas por dois dias, na terça (31) e na quarta-feira (1º), e foram resgatadas 4 pessoas com vida, em diferentes pontos do mar, e um corpo sem identificação.

Com a decisão do governo francês de suspender as buscas, um grupo de voluntários resolveu procurar desaparecidos por conta própria em alto mar. O Ministério Público de Caiena abriu um inquérito policial judicial, confiado à Brigada Marítima de Caiena. No Brasil, o inquérito é conduzido pela PF.

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