No dia 7 de junho de 1989, um desastre comoveu o Suriname e provocou o que é conhecido até hoje como o maior acidente aéreo da história do país. Uma aeronave McDonnell Douglas DC-8 Super 62, com 187 pessoas a bordo, caiu nas proximidades da cabeceira da pista do Aeroporto Internacional Johan Adolf Pengel, em Zanderij.
Na ocasião, os pilotos Wilbert “Will” Rogers e Glyn Tobias comandavam o voo 764 da Surinam Airways (SLM), que fazia a rota Amsterdã-Paramaribo. Já a poucos minutos do aeroporto, eles iniciaram o procedimento de pouso com baixa visibilidade, devido a uma forte névoa que cobria a região naquela madrugada.
Mesmo sendo guiados por instrumentos de navegação e localização na aeronave e em terra, os pilotos acreditaram que os parâmetros estariam incorretos, apesar dos alertas vindos de Warren Rose, controlador de tráfego aéreo, sobre a real posição do avião em relação ao solo.
Ao ignorarem os avisos, os pilotos se deixaram levar pela ilusão de ótica causada pela refração das luzes da pista do aeroporto na densa névoa, o que provocou a sensação de que estariam mais distantes do solo do que realmente estavam. Quando deram por conta do que estava acontecendo, já era tarde demais.
O avião colidiu com árvores a menos de 300 metros da cabeceira da pista de pouso, o que fez com que ele virasse de cabeça para baixo e fosse fazendo um rastro de destruição e fogo após cair no chão.
Ao menos 176 pessoas morreram no acidente e onze teriam sobrevivido. No local da queda, foi criado um memorial às vítimas do voo 764, onde autoridades e familiares, anualmente, relembram a tragédia.