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Lula vai visitar Guiana em fevereiro; Venezuela “entende” recado

Os dois presidentes se reuniram pela primeira vez desde o início da crise no dia 14 de dezembro do ano passado.

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GEORGETOWN – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se prepara para viajar à Guiana para a cúpula da comunidade dos Estados do Caribe (Caricom), que acontece no dia 28 de fevereiro. O bloco é composto por 20 países do Caribe, sendo 15 estados-membro e 5 associados. O Brasil participará como convidado do encontro, já que não integra o bloco.

Lula tem como uma de suas prioridades na agenda externa a integração dos países da América Latina, além do diálogo com países próximos, como os caribenhos. Em dezembro de 2023, Lula mencionou intenção de participar do encontro, para falar sobre financiamentos e sobre democracia.

Mas, segundo fontes do Palácio do Planalto, a ida do presidente à Guiana também é lida como um recado forte à Venezuela de Nicolás Maduro, que reivindica a região de Essequibo, no território guianense.

A Venezuela afirma ser a proprietária legítima da região, um trecho de 160 quilômetros quadrados que corresponde a cerca de 70% de toda a Guiana e atravessa seis dos dez estados do país. A área é rica em recursos naturais e biodiversidade.

A realização de um referendo na Venezuela no ano passado, ratificando o desejo de anexar a região, reacendeu a disputa de décadas e também o temor de um conflito armado na fronteira com o Brasil.

Nesta quinta-feira (25), os ministros das Relações Exteriores da Guiana e da Venezuela vão participar de um encontro em Brasília, intermediado pelo chanceler do Brasil, Mauro Vieira.

A reunião antecede um segundo encontro entre os presidentes da Guiana, Irfaan Ali, e da Venezuela, Nicolás Maduro, marcada para acontecer também na capital do Brasil, ainda sem data definida.

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