“Era tão complexo que eu não conseguia descrevê-lo em poucas palavras, realmente.” Valentina, uma jovem enfermeira colombiana, acha difícil definir como foi seu trabalho nos últimos meses na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital del Mar em Barcelona, combatendo um vírus desconhecido: “Ele nos colocou à prova totalmente.”
“Se me perguntarem em alguns anos como foi, eu não saberia o que dizer. Foram coisas demais. Eu não sei. Houve dias em que chegava em casa chorando. Às vezes, a situação ia além do limite”, reflete Valentina em conversa com a EFE, aproveitando um dia de descanso depois de algumas semanas “muito difíceis”.
Como ela, muitos profissionais de saúde da América Latina deram o melhor de si, alguns até a vida, nos momentos mais difíceis da pandemia na Espanha, quando os hospitais colapsaram, incapazes de receber mais um paciente com covid-19, enquanto o número de infectados e falecidos não parava de crescer.
“No começo, vimos isso muito distante. Ninguém esperava o que aconteceu. Quando vimos nosso primeiro caso na unidade, dissemos: ‘Isso é sério'”, lembra Valentina, que deixou a Colômbia, seu país natal, aos 13 anos para viajar para a Espanha, onde sua mãe, também enfermeira, havia chegado alguns anos antes.
Fonte: R7
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