DA REDAÇÃO – A Justiça da Bolívia emitiu nesta sexta-feira (17), uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, acusado de não comparecer a uma audiência onde responderia a acusações de abuso sexual. O caso, que remonta a 2016, envolve o suposto estupro de uma menor de idade, que segundo as autoridades, resultou no nascimento de uma filha da vítima com Morales. A promotoria boliviana, representada por César Siles, destacou a gravidade do crime e a necessidade de justiça.
O escândalo ganhou destaque em 2024, quando a promotora Sandra Gutiérrez revelou que foi destituída por insistir na prisão do ex-presidente, acusando-o de tráfico de pessoas. A investigação detalha que Morales, então presidente, teria se envolvido com uma adolescente de 15 anos, gerando repercussão e controvérsias políticas.
Morales, em sua defesa, usou as redes sociais para expressar que não teme as acusações e que considera as ações contra ele como perseguições políticas. A ordem de prisão, posteriormente anulada por uma juíza de Santa Cruz após intervenção dos advogados de Morales, continua a atrair atenção e dividir opiniões na Bolívia.
O ex-presidente, que liderou o país entre 2006 e 2019, tem sua trajetória política marcada por tensões com seu sucessor, Luis Arce, com quem disputa a liderança do partido MAS e a candidatura presidencial para as eleições de 2025.
